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PMDB CARIOCA
Paes, Cabral, Pezão e Pedro Paulo negociavam o próprio Caixa 2, diz marqueteiro
Redação Rio de Janeiro
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Renato Pereira delatou o esquema de Caixa 2 ocorrido enquanto foi Marqueteiro de Eduardo Paes, Sérgio Cabral, Pezão e Pedro Paulo, através da Prole Serviços de Propaganda. Segundo Pereira, eram os próprios candidatos do PMDB do Rio de Janeiro que acertavam as quantias que seriam desviadas.

Tudo parte do esquema para enriquecer os políticos cariocas e os capitalistas que os financiam. Não é à toa que dentre as empresas que teriam bancado estes Caixa 2 através de suas "doações" de campanha, estão três "famílias" de gigantes que batem recorde de lucro no Rio: Odebrecht, Andrade Gutierrez e a empresa de transporte de Jacob Barata.

A delação corria em segredo de justiça, mas as informações foram vazadas, e até o momento só se tem acesso daquilo que é publicado através do Jornal O Globo deste domingo. Ou seja, muita coisa pode mudar quando, (e se), esta delação vier ao público.

Mas a grande "novidade" da delação de Pereira é a afirmação de que, além de Cabral, também Paes, Pezão e Pedro Paulo participaram diretamente do acerto de contas do valor Caixa 2. Novidade não porque se duvidava disto, mas porque até então, pela versão oficial da Lava-Jato e da Rede Globo, estes três seguiam blindados, como se cumprisse um papel "passivo" dentro dos esquemas de corrupção no Rio de Janeiro, no qual Cabral seria o grande "líder e mentor". Até ontem, Pedro Paulo agressor de mulher era inclusive candidato da Rede Globo.

Na delação Pereira fala as diferenças entre os valores declarados e os valores de fato: em 2010 declarou R$ 6,3 milhões da campanha de Cabral, mas as doações de verdade, daquelas que passaram pela Prole Serviços de Propaganda, foram de 12 milhões, ou seja, R$ 5,7 milhões desviados. Com Paes foram R$ 8,3 milhões declarados contra R$ 20 milhões que passaram pela empresa no total. Pezão teve declarado R$ 21,4 milhões, mas o total que passou pela Prole seria de R$ 40 milhões. E Pedro Paulo teria tido R$ 7,1 milhões declarados contra R$ 9,3 milhões.

Pereira aponta como operador do pagamento das campanhas, Eduardo Vilela. Este é citado como receptor de pacotes de dinheiro de Jacob Barata em outro esquema de corrupção. Luiz Loffler e Marcelo Carneiro seriam outros dois operadores.

A Prole Serviços, com isto, ganhou influencia nos contratos de propaganda no Estado do Rio durante os últimos 10 anos. Mas não é só ela, a delação revela o que já sabíamos: um grande esquema de empresas que são financiam os políticos e seus Caixa 2 em troca de ganhar os contratos de fornecimento da prefeitura do Rio e do Estado.

Pereira deve ter de pagar entre R$ 1 e 2 milhões como parte do acordo de delação, enquanto que os outros executivos da Prole, que não participaram do acordo, sofrerão as ações penais estabelecidas assim que o caso for julgado.

A única saída é a expropriação sem indenização destas empresas capitalistas, que mesmo com as inúmeras delações e provas de que mandam no estado através da compra dos políticos, seguem ainda mantendo seus lucros, explorando os trabalhadores e ainda mandam na prefeitura e no estado. Só mesmo com os trabalhadores impondo uma taxação das fortunas dos corruptos empresários capitalistas e seus políticos é que esta situação pode acabar.

 
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