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I CONGRESSO DO MRT
Com nova militância Professores do MRT vão ao I Congresso
Danilo Paris
Editor de política nacional e professor de Sociologia
Marcella Campos
Professora de SP, membra da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas

Em 92 dias da greve dos professores do estado de São Paulo, foram várias atuações em comum com novos ativistas e muitos se convenceram da necessidade de não se limitar a luta sindical, mas estar na linha de frente da construção de uma alternativa política independente dos trabalhadores. É assim que os professores do MRT chegam ao seu I Congresso.

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Na recente greve acontecida no estado de São Paulo, nós do MRT e do Professores Pela Base, atuamos na perspectiva de construir uma nova tradição em uma categoria há décadas hegemonizada pelo burocratismo de sua direção petista. Intervimos para que as bases de fato estivessem à cabeça da mobilização, batalhando incansavelmente para que houvesse uma coordenação dos comandos de greve que fosse a direção efetiva do movimento, criando a confiança necessária entre os professores para massificar a greve. Acreditamos que esta era a única forma de fazer vencer a mais longa greve dos professores de SP frente aos duros ataques de Alckmin e as traições da burocracia sindical. Além disso, fomos parte constitutiva do lançamento do Esquerda Diário, que serviu para expressar a mais ampla cobertura da greve e a nossa política, publicando mais de 100 matérias durante os 92 dias de greve. Nosso objetivo era não só furar o bloqueio da mídia aliada à Alckmin para divulgar nossas demandas para população, mas também generalizar as experiências dos comandos de greve que se enfrentavam diretamente contra o burocratismo da direção da CUT.

Através do Esquerda Diário impulsionamos a campanha “Que todo político ganhe igual a uma professora” que ultrapassou 200 mil curtidas no Facebook. Centenas de professores não só de São Paulo, mas também do Paraná e outras regiões do país, tomaram para si essa campanha, enviando centenas de fotos em apoio com colegas de trabalho e familiares, fazendo chegar também a outras categorias.

Impulsionamos essa campanha para intervir também politicamente em um cenário nacional onde ocorriam greves da educação em mais 10 estados e municípios pelo Brasil. A chamada “pátria educadora” petista, que teve a educação como seu primeiro alvo de cortes orçamentários no começo do ano expressou o seu primeiro movimento de revolta com essas greves. Foi um processo profundo, com capítulos dramáticos com a forte repressão ocorrida no Paraná, que gerou um profundo desgaste no governo de Beto Richa.

Com greves de professores e pela educação acontecendo por todo país, buscamos convencer os setores da esquerda a colocarem em prática um verdadeiro plano de coordenação dessas mobilizações, que se organizadas e unificadas tinham potencial para tornar a luta pela educação a linha de frente do combate aos ajustes e ataques aos trabalhadores, que este ano ganharam força com a resposta da burguesia para a crise econômica que vem se aprofundando.

Atuando desta forma, conseguimos conhecer e ter experiências em comum com centenas de novos ativistas que foram a linha de frente dos comandos de greve em diversas subsedes por todo o estado. Resultado dessa longa e intensa experiência é que dezenas de novos professores se convenceram da necessidade, não apenas de intervir no movimento sindical, mas também da impreterível tarefa de construir uma alternativa política independente para os trabalhadores. Nessa perspectiva, com uma militância absolutamente nova, é que interviremos no I Congresso do MRT.

 
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