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FRANÇA
França: Mobilização e greve histórica no transporte urbano
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Frente a convocatória de seis sindicatos do setor (CGT, FO, CFDT, Unsa, CFE-CGC e CFTC), a greve no setor do transporte urbano afetou quase 130 cidades, algo não visto desde 1986.

A união intersindical convocou uma greve em torno das demandas setoriais relacionadas com o convênio coletivo nacional. Em particular, exige a implementação de um plano de fim de carreira (com aumento de salário por tempo parcial) para os trabalhadores com 15 anos de carreira, a revalorização da escala salarial convencional e a criação do 13º no setor.

Bem organizada, a greve paralisou por completo os ônibus e bondes em algumas cidades. Em Lille, nenhum ônibus circulou nessa sexta-feira e 17% dos trabalhadores de Transpole estavam em greve, segundo a empresa. Nenhum bonde funcionou em Dijon, pela primeira vez desde que começou a funcionar em 2012. Em Niza, nem os ônibus nem o bonde circularam, ao chamado da CGT ultra-majoritária na rede urbana se mobilizaram contra os mandatos de Macron. Cabe sinalizar que somente a região da Ilha de França não se viu afetada pela greve já que a RATP não está vinculada ao convênio coletivo nacional.

A pesar de este forte movimento de greve, nas assembleias gerais que se realizaram e especialmente em Montpellier, muitos trabalhadores criticaram o chamado unitário que em nenhum momento fazia referência ao movimento social em curso contra os mandatos Macron. Foi escrito no dia 2 de outubro para chamar uma greve para o dia 20, ocultando os chamados que aconteceram neste meio tempo. Inclusive o 10 que foi um dia de mobilização convocado pelo serviço público, mas que foi a oportunidade para a convergência com muitos setores privados.

Também se pode pensar no 19, que foi outro chamado “inter-profissional”. Estas opções políticas, justificadas pelo acontecimento de negociações com a organização patronal do setor (a UGP) no dia 16 de outubro, questionam a vontade dos dirigentes, que não optaram por uma opção de convergência que, sem dúvida, é muitas vezes uma das condições para satisfazer as demandas dos empregados, como o demonstra o fracasso das últimas “negociações” isoladas.

A mobilização no setor do transporte urbano foi em seguida. Contudo, pode-se ter alguma angústia. Uma greve no transporte urbano teria melhorado a correlação de forças contra as ordens de Macron e sua política ultraliberal. A convergência das lutas permite romper com o isolamento que com frequência facilita que a patronal sufoque os movimentos de protesto.

Numerosas vozes dissonantes, inclusive das dos grevistas da sexta-feira, questionam a divisão das organizações frente a Macron e seu governo agressivo. Estas vozes dissonantes das dos líderes sindicais poderiam ser as rampas de lançamento nas próximas semanas e meses para que possa colocar em ação um plano de batalha coletivo e romper com o isolamento de certos setores. E neste sentido têm levado determinadas vozes nas Assembleias Gerais dos trabalhadores do transporte urbano.

 
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