Imagem: greve em 2016
Desde o dia 28 de setembro cerca de 400 trabalhadores estão em greve na montadora Chery de Jacareí. Eles exigem reajuste salarial de 9,2%, renovação do acordo coletivo, melhoria no convênio médico e implantação do Plano de Cargos e Salários.
De acordo com nota publicada pelo Sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) propôs em audiência de conciliação que ocorreu na quarta-feira (18), o reajuste salarial de 3,73%, renovação de todos os direitos previstos no acordo coletivo, redução no valor do convênio médico, implantação de Plano de Cargos e Salários (PCS), estabilidade de 90 dias e pagamento dos dias parados durante a greve.
No dia seguinte houve uma reunião entre empresa e Sindicato, mas que terminou sem acordo, já que a empresa quer manter a proposta de reajuste irrisório de 1,73% e na não renovação do acordo coletivo.
Faz menos de 4 anos que a planta foi inaugurada em Jacareí e ao longo desses anos os trabalhadores realizaram diversas paralisações, e estão agora em sua 4ª greve contra absurdas medidas tomadas pela empresa, com demissões, terceirização e negada de direitos, demonstrando grande resistência aos ataques que a patronal busca constantemente implementar.
Ao mesmo tempo em que se nega a negociar com os trabalhadores, a matriz da fabricante ainda anunciou no início da semana que pretende colocar à venda 50% da operação que possui no país, com a alegação de que a produção não atinge sua total capacidade. A venda da fábrica e seu fechamento pode significar a demissão em massa, o que as empresas não exitariam em realizar, já que não vacilam em descarregar a crise nas costas dos trabalhadores.
Greves como essas são as primeiras batalhas contra a implementação de ataques mais forte com a Reforma trabalhista. É necessário cercar cada processo com todo o apoio e solidariedade para que seja os capitalistas que paguem pela crise.
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