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VIOLÊNCIA POLICIAL
BOPE mandou a mãe bater na filha antes da coronhada que a matou
Redação
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“Eles gritaram: ‘Bate nela, bate nela’, apontando para a filha. A menina disse que não estava com o rádio e ela não bateu. Então, chamaram ela de piranha e bateram nela com o fuzil”, relatou, na 32ª DP, um morador da Cidade de Deus que testemunhou o assassinato de Marisa de Carvalho Nóbrega por uma coronhada desferida por um PM do BOPE. O morador da favela pede para não ser identificado por medo de represálias.

O motivo da agressão que matou Marisa foi o fato de ela ter defendido seus filhos que estavam sendo abordados pelo BOPE por estarem bem vestidos, o que para os policiais era indício de ligação com o tráfico. A mãe foi acordada em casa e foi até o local, onde os policiais diziam que sua filha estava portando um radiocomunicador e mandaram-na bater na adolescente.

Após a coronhada, os três foram liberados e voltaram para casa, onde Marisa começou a passar mal e foi levada para a UPA da Cidade de Deus, onde morreu. No laudo de óbito consta morte por aneurisma. O corpo da mulher foi velado, mas o enterro foi cancelado por policiais do 32º DP, que surpreenderam os parentes no Cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá.

O enterro ainda não tem previsão para acontecer, pois A polícia quer que o corpo passe por um exame cadavérico no Instituto Médico-Legal (IML) para averiguar se ela morreu em decorrência da agressão do policial do Bope. A delegacia abriu um inquérito para investigar o caso, e é a própria polícia, assassina de Marisa, que está ouvindo testemunhas e averiguando as denúncias.

 
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