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MUNDO OPERÁRIO
Jogos olímpicos 2020: Trabalhador no Japão se mata após trabalhar mais de 200 horas extras
Juan Chirioca
RIO DE JANEIRO
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Japão é um dos países com índice de suicídio mais altos do mundo. Muitas delas ocorrem por conta das horas extras realizadas pelos trabalhadores. Esse tipo de morte é tão comum no Japão que inclusive tem uma denominação especifica: Karoshi.

Mas essa informação não torna a notícia menos revoltante. Um trabalhador no Japão decidiu acabar com sua vida após quase 200 horas extras no trabalho. Mais do dobro do que a meia de horas de trabalho de uma jornada de 8 horas 5 dias por semana. Jornada que hoje no mundo é quase privilégio.

O trabalhador cujo nome não foi divulgado, trabalhava na construção de um estádio olímpico para as olimpíadas de 2020. Sua função era realizar o controle de qualidade do material recebido para a continuação da construção. O advogado da família do trabalhador que morreu afirma que anteriormente trabalhou 160 horas extra em janeiro e 190 extra em fevereiro. Isso na prática poderia se traduzir por exemplo em jornadas de mais de 15 horas por dia. Ele tinha 23 anos.

200 horas extras para um só trabalhador não se explicam pelo “jeito japonês” nem por uma devoção ao trabalho, mas são expressão claríssima da insuficiência do salário de muitos trabalhadores não só do Japão, mas do mundo, que muitas vezes se submetem às más condições de trabalho que os capitalistas oferecem para o trabalhador. E é que a segurança e o bem estar do trabalhador não são para nada uma preocupação dos empresários no mundo inteiro. Mais uma morte em nome do lucro dos capitalistas no mundo.

No Brasil, com a crise econômica criada pelos próprios capitalistas, e os muitos ataques contra os trabalhadores como a reforma trabalhista e a reforma da previdência "trabalhar até morrer" pode não ser uma realidade tão distante como a do japão e se tornar a realidade diária e precarizada de milhões de trabalhadores brasileiros.

 
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