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UNIVERSIDADES FEDERAIS
Greve da educação federal e dos servidores públicos federais contra os ataques de Dilma e do PT.
Gonzalo Adrian Rojas
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A greve da educação federal iniciada no dia 28 de maio, há 45 dias, pelos docentes e servidores técnico administrativos junto com os estudantes contra os cortes na educação, serviu de fato como ponto de partida para impulsionar uma greve dos servidores públicos federais. No dia de hoje temos um quadro de crescimento das greves no setor das instituições federais de ensino o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) que com 42 sessões sindicais em greve atinge um 56% destas e com uma tendência de crescimento semanal, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras com um 100 % de paralisação, 22 greves estudantis em diferentes universidades federais e até algumas breves greves de trabalhadores terceirizados. Devemos somar neste quadro os professores dos institutos federais agrupados no Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), que se bem algumas sessões sindicais já se encontram em greve, na segunda-feira 13 de julho darão inicio a sua greve nacional, configurando independentemente de cada uma das pautas específicas uma greve geral da educação federal contra os cortes em educação e a retirada de direitos por parte do governo Dilma e do PT.

Neste contexto de ataques no dia domingo 28 de junho passado se realizou em Brasília (DF) uma reunião ampliada Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais onde participaram 17 entidades as quais rejeitaram a proposta realizada pelo Ministério de Planejamento e Gestão (MPOG) para os Servidores Públicos Federais (SPF) de um aumento de 21,3 % dividido em quatro anos 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019. Esta proposta foi rejeitada qualificada de um verdadeiro confisco salarial pelo conjunto das assembléias e sindicatos. Na mesma reunião se tomou decisão política relevante que foi que a partir do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais construir um Comando Nacional de Mobilização e Greve dos SPF (MNMG-SPF), que foi instalado em Brasília (DF) na sua primeira reunião na segunda-feira 29 de junho, na sede da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF). O objetivo político foi fortalecer as greves em andamento e a mobilização nas bases nas categorias que ainda não entraram em greve para construir uma greve geral dos SPF.

No dia 06 de julho se realizou também em Brasília uma reunião da Educação Federal que contou com a presença de ANDES-SN, FASUBRA, SINASEFE, ANEL, Oposição de Esquerda da UNE e a FETEC (que agrupa os estudantes dos institutos federais), em quanto que no dia 07 de julho pela manhã se realizou uma manifestação ao Ministério de Educação (MEC) no marco da Caravana da Educação contra os cortes e a delegação não foi recebida e um ato no MPOG durante a reunião marcada com o Fórum dos SPF. Nessa reunião o governo voltou a apresentar sua proposta de um reajuste parcelado em quadro anos sem recomposição de perdas salariais e abaixo da inflação, sendo solicitado pelos SPF uma nova reunião para que o governo apresente outra proposta e foi combinado que seria marcado no máximo para o dia 21 de julho.

O quadro da greve dos SPF é o seguinte: além de ANDES-SN, FASUBRA em greve desde o dia 28 de maio, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Publico da União (FENAJUFE) está em greve desde 10 de junho, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS) desde o 07 de julho, o SINASEFE, como foi mencionado entra em greve 13 de julho, ASSIBGE-SN, os trabalhadores do IBGE, tem uma previsão de entrada em greve para o 20 de julho, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF) para o 22 de julho, o mesmo que os trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), em quanto que outras categorias preparam suas greves.

A pauta central dos SPF é um aumento salarial de 27,3% para 2016 que é um índice que tem em conta as perdas do governo Dilma e a inflação, a exigência de uma data base que hoje não existe para o funcionalismo público, melhora nas condições de trabalho e contra as medidas Provisórias e leis que tiram direitos dos trabalhadores.
A decisão política foi fortalecer as greves e as mobilizações do setor e se confirmou uma nova marcha e caravana unificada a Brasília, mas esta vez do funcionalismo público em geral o dia 22 de julho, em quanto que cresce nas categorias a defesa de greve geral contra os ajustes como necessidade e sua construção nas bases.

O projeto do governo Dilma, está claro, desmontar o serviço público para sua privatização e terceirização num contexto de crise econômica e política geral no país onde a política de conjunto é um ataque aos trabalhadores para que estes paguem pela crise, seja desde o Poder Executivo, o Legislativo ou o Judiciário.

Nesse contexto é central fortalecer as greves em curso na educação federal e com o conjunto dos servidores públicos federais, coordenar as greves e as mobilizações para construir uma poderosa greve dos SPF que contribua com as demais categorias de trabalhadores, a necessária greve geral no Brasil frente aos ataques do governo Dilma, o PT e seus aliados. Para que isto é preciso superar as direções burocráticas da CUT e CTB que acabam estando mais preocupadas por defender ao governo das lutas dos trabalhadores que por defender os interesses dos trabalhadores frente aos ataques do governo e que a CSP-Conlutas, cumpra seu papel de coordenação também para que greve geral deixe de ser uma abstração para que construída desde as bases possa derrotar a política de ajuste.

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