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RECORDE HISTÓRICO ED
Esquerda Diário alcança quase 800 mil acessos no mês, apoiando as greves e lutando contra as opressões
André Barbieri
São Paulo | @AcierAndy

O Esquerda Diário vem crescendo como projeto nestes últimos meses, um diário para organizar a resistência aos ataques dos capitalistas e da direita, o que só pode ser feito de forma independente do PT.

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Imagem: Nivalter Aires

O Esquerda Diário vem crescendo como projeto nestes últimos meses, um diário para organizar a resistência aos ataques dos capitalistas e da direita, o que só pode ser feito de forma independente do PT. Não apenas como parte da única rede mundial de diários digitais da esquerda anticapitalista, presente em 12 países e em 5 idiomas, mas como diário de notícias periodísticas também. Fruto desse trabalho jornalístico, o ED alcançou a marca recorde de 770 mil acessos no mês de setembro, um crescimento de 54% frente ao mês de agosto.

Dados do Google Analyctics

De acordo com o SimilarWeb, depois de ter superado o site do PT, o Esquerda Diário superou o site do PCdoB (Vermelho) e ficou muito próximo do site Viomundo, dois sites da esfera petista com centenas de milhares de entradas mensais.

O ED aprofundou e enraizou seu alcance nas principais capitais do país. Isso teve grande expressão em que, em 89 cidades do Brasil, o ED registrou mais de 1000 entradas (dentre elas, importantes cidades operárias como São Bernardo do Campo, Santo André, São José dos Campos e Caxias do Sul, todas com mais de 4000 entradas). Depois do estado de São Paulo, o Rio Grande do Sul foi o segundo estado que mais acessou o ED (com muito interesse pelas matérias da greve dos professores estaduais), seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Divisão por estados que mais visitam o ED

Outro recorde no diário foram os leitores que voltam a visitar o jornal: em setembro houve 196 mil leitores que retornaram ao ED (frente a 131 mil em agosto), conquistando uma nova camada de dezenas de milhares de leitores que consideram o diário uma fonte de informação cotidiana.

Esta importante chegada do Esquerda Diário, provando que a crise de hegemonia da classe dominante também se expressa pela esquerda mesmo numa conjuntura reacionária, é fruto do avanço como site informativo e do combate às opressões e pelas liberdades democráticas das mulheres, da população LGBT e dos negros.

Um diário que une a batalha anticapitalista à defesa das liberdades democráticas

Tornou-se um importante portavoz do repúdio contra a decisão da Justiça Federal do DF, que acatou liminar da psicóloga Rozangela Justino, permitindo que os homossexuais sejam tratados como doentes (enquanto a população trans ainda segue tratada como doente pela Organização Mundial de Saúde). Isso contraria a Resolução 01/99 do Conselho Federal de Psicologia, que determinou que a homossexualidade não constitui nem doença, nem distúrbio, nem perversão.

A denúncia desta decisão da Justiça Federal realizada por Marie Castañeda e Diana Assunção viralizou nas redes sociais. Mais de 100 mil pessoas se informaram pelo Esquerda Diário desse escândalo, segundo o Google Analyctics. No Facebook, a publicação alcançou centenas de milhares de pessoas, e milhares de compartilhamentos. Isso mostra a raiva que gerou em amplos setores da população, que já se enfrentaram contra um plano semelhante em 2013: o projeto da “Cura Gay” que Marco Feliciano (PSC-SP) tentara aprovar enquanto era presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara durante o governo Dilma Rousseff.

Em meio à série de demonstrações de que a direita se propõe fazer retroceder nossos direitos democráticos, a companhia do metrô de São Paulo agravou este quadro: demitiu Valter Rocha Júnior, operador de estação da Praça da Árvore (Linha 1 - Azul) e há 15 anos trabalhando na empresa, após ter sido vítima de preconceito racial por usuário. A denúncia e o repúdio do Esquerda Diário a essa medida racista do metrô de SP, sob o governo do tucano Geraldo Alckmin, teve grande repercussão entre os trabalhadores metroviários. Um ato contra o racismo e pela readmissão de Valter Rocha reuniu trabalhadores do metrô e ativistas do movimento negro em SP.

Uma verdadeira revolução audiovisual possibilitou alcançar dezenas de milhares de pessoas com o vídeo sobre a questão negra no dia 7 de setembro, utilizando estes novos recursos para disputar a consciência dos trabalhadores e da juventude, e resgatar o melhor da luta negra no país.

O diário também abriu uma série de reflexões acerca da politização das Forças Armadas neste último período. A caserna parece querer voltar à política, como debatemos neste artigo. Não apenas o racista general Hamilton Mourão, com o beneplácito do comandante geral do Exército Eduardo Villas Boas, defendeu uma “intervenção militar” caso “o judiciário não dê conta da corrupção”, numa interpretação esdrúxula do dispositivo 142 da Constituição de 88; mas o comandante da região Sul, Edson Pujol, incentivou as pessoas a “expressarem sua insatisfação nas ruas”, deixando claro o que o aborrece: o que os professores andam ensinando nas escolas, um claro apoio à reacionária Escola Sem Partido.

Ganhou muita repercussão o especial sobre os “10 escândalos de corrupção da ditadura militar, abafados pelas Forças Armadas”, mostrando a falácia de que o Exército poderia acabar com a impunidade, tendo deixado como herança da ditadura militar um legado de políticos tão “insuspeitamente íntegros” como Paulo Maluf, José Sarney e Antônio Carlos Magalhães (veja: “Conheça 8 políticos corruptos que a ditadura brasileira deixou como herança”).

Animados por essa ingerência, os ministros do STF enterraram qualquer vestígio de laicismo na educação ao aprovar o ensino religioso confessional nas escolas públicas, que viola a liberdade de adesão a outras religiões que não sejam as predominantes no país (violam especialmente as religiões de matriz africana), podendo transformar as salas de aula em verdadeiros cultos executados por padres e financiados por dinheiro público.

Como dissemos em inúmeros artigos, o complemento direto do "Escola sem Partido" é o Escola com padres e militares. Esse projeto precisa ser fortemente combatido pelos trabalhadores da educação, pela juventude, pais e mães, que desejam a liberdade de ensino, o respeito à diferentes adesões religiosas contra a imposição estatal de uma religião única, além do debate sobre os direitos das mulheres e da população LGBT.

Realizamos ainda um dossiê sobre o dia latino-americano pela legalização do aborto, com diversas matérias que refletem os debates sobre esta batalha pelo direito elementar das mulheres de decidir sobre o próprio corpo.

As greves de professores do RS e dos trabalhadores dos Correios

O Esquerda Diário, seguindo sua tradição, é um jornal a serviço da luta dos trabalhadores, e coloca seu espaço à disposição dos trabalhadores e ativistas para que suas lutas triunfem.

A greve dos professores estaduais do Rio Grande do Sul e a greve nacional dos trabalhadores dos Correios vêm atraindo muita solidariedade frente à ofensiva de ataques por parte do governo Temer e dos governos estaduais. São vistas como parte fundamental da resistência aos ajustes, experiência de organização pelas bases e de exigência às direções sindicais para que unifiquem as lutas e coloquem toda a força destes instrumentos para vencer governos e empresas.

O apoio e a solidariedade com que contam os professores do RS são enormes. São inúmeras as mostras de apoio dos estudantes e da comunidade escolar. A educação está sendo destruída à luz do dia e não são só os professores que são prejudicados. Com a força da greve e todo esse apoio, é possível derrotar o governo Sartori e golpear ao mesmo tempo o governo Temer. Apesar da ameaça de corte de ponto dos grevistas e a reafirmação do atraso de salários, uma massiva assembleia de professores votou a continuidade da greve.

Assembleia dos professores do RS, 29/9

A greve dos Correios se enfrenta com a truculência de Guilherme Campos, presidente da empresa, que busca privatizar tudo o que puder e avançar na precarização do trabalho dos carteiros e atendentes. O TST mostrou mais uma vez que está contra os trabalhadores e a favor dos ajustes, declarando a greve como abusiva. Apesar disso, os trabalhadores seguem firmes e a greve se expande, com importantes assembleias como a que reuniu 300 trabalhadores em Campinas.

Assembleia dos Correios em Campinas

Estas lutas importantíssimas estão sendo retratadas diariamente no Esquerda Diário, que é construído diretamente pelos ativistas em greve que utilizam o diário como uma tribuna para suas denúncias e a serviço de sua luta.

Um diário a serviço de retomar as grandes ideias da revolução

Este mês o Esquerda Diário expressou importantes batalhas pelas ideias revolucionárias, como as lições da Revolução Russa na luta pelos direitos das mulheres. O grupo de mulheres Pão e Rosas esteve em 9 cidades do país, como Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e outras, levando o lançamento da segunda edição do livro Pão e Rosas - Identidade de gênero e antagonismo de classe no capitalismo, escrito por Andrea D’Atri, com prológo de Diana Assunção fundadora do Pão e Rosas no Brasil.

Neste dia 30/9, uma grande atividade que reuniu 300 pessoas na Casa Marx contou com a presença da escritora e pesquisadora estadunidense Wendy Goldman, autora do livro “Mulher, Estado e a Revolução”, para sintetizar de forma emocionante a um público de jovens e mulheres trabalhadoras as grandes conquistas das mulheres durante a Revolução de Outubro, assim como o retrocesso dessas conquistas com a burocratização stalinista da URSS. A luta pelos direitos das mulheres é indissociável da luta anticapitalista, como provaram na realidade os bolcheviques.

Também se expressaram os lançamentos da segunda edição da Revista Ideias de Esquerda, uma revista teórica marxista pensada como guia para a ação, com um dossiê profundo sobre a anatomia da classe trabalhadora brasileira e o "Mundo do Trabalho", a discussão sobre o fetichismo da robótica e a teoria do valor, temas que se interligam com os debates sobre o comunismo no século XXI.

Em outubro teremos no diário entrevistas com os intelectuais Tariq Ali, Toni Negri e o húngaro Tamás Krausz – que lançou recente biografia sobre o dirigente bolchevique Vladimir Lênin.

Um jornal para forjar partido

Como dizia o marxista italiano Antonio Gramsci, o jornal “cumpre dois papéis: o de informação e de direção política geral”. E a ampliação de sua zona de influência dentro da classe trabalhadora é inseparável da orientação estratégica que move a política partidária. Daí que para Lênin o periódico deveria ser um organizador coletivo, um instrumento que pudesse dar uma orientação coerente em todos os acontecimentos e uma batalha unificada por suas idéias e seu programa revolucionário, fundado numa organização profundamente vinculada às principais estruturas dos trabalhadores.

Este organizador coletivo, com as novas técnicas do século XXI, permitem avançar na ambição de influenciar diariamente a vida política de dezenas e até centenas de milhares de jovens e trabalhadores, mesmo sendo ainda uma minoria dentro da classe trabalhadora brasileira. E utilizar essa influência para a construção de um partido leninista de combate, que construa frações anticapitalistas e socialistas no movimento operário, de mulheres, na juventude, no movimento negro e LGBT.

Nossos esforços se colocam a tarefa de ajudar a organizar essa resistência ativamente, como procuramos fazer na luta contra a liminar da Cura Gay, e em cada conflito da luta de classes, mostrando que é possível vencer esta ofensiva da direita e dos capitalistas.

Chamamos todos a participar do projeto do Esquerda Diário e nos ajudar a construir esta força política de enfrentamento contra a direita, de maneira independente do PT.

 
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