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PALESTINA
Obama acha difícil criação de Estado palestino após comentários de Netanyahu
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Washington, 24 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira que acha difícil a criação de um Estado palestino após os recentes comentários do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, destacando que as possibilidades de paz na região são muito frágeis nos próximos anos.

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"Não parece haver nenhuma perspectiva de um marco significativo que levaria a criação de um Estado palestino", disse Obama em coletiva ao lado do presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani.

Obama lembrou que, na véspera das eleições do último dia 17 de março, Netanyahu disse que não permitiria a criação de um Estado palestino enquanto estivesse no poder.

Dois dias depois, o primeiro-ministro de Israel voltou atrás, mas colocou uma série de condições para a solução, impossíveis de serem cumpridas no curto prazo, avaliou o presidente americano.

"A questão sempre foi como criar um marco que dê aos palestinos a esperança de ter a longo prazo um Estado seguro. Acho difícil conceber como isso pode ocorrer depois dos comentários do primeiro-ministro", acrescentou.

"Essa possibilidade parece muito frágil agora. Isso pode levar a reações dos palestinos que, por sua vez, suscitarão reações dos israelenses, algo que pode ser perigoso e ruim para todos", alertou.

A Casa Branca indicou na semana passada que revisaria sua posição sobre Israel após os comentários de Netanyahu. Hoje, Obama frisou que essa mudança dependerá "especificamente no que irá ocorrer no processo de paz e na relação entre israelenses e palestinos".

"O que não vamos fazer é fingir que há a possibilidade de algo impossível. Não podemos seguir baseando nossa diplomacia em algo que o mundo todo sabe que não vai acontecer, pelo menos nos próximos anos", disse o presidente americano.

Perguntado sobre a resposta dos EUA às reivindicações palestinas na ONU, Obama disse que seu governo fará uma avaliação dos pedidos, mas que ainda espera a formação do novo governo de Israel.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, já cogitou uma possível reconsideração da política de proteção a Israel na ONU, estratégia adotada pelos EUA há décadas.

Obama, no entanto, explicou que a cooperação militar e de inteligência com Israel segue firme e não está sob análise, acrescentando que mantém um relacionamento "de negócios" com Netanyahu, termo também utilizado para descrever as relações com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

"Me reuni com ele mais que do que qualquer outro líder do mundo. Mas isso se trata de como superar uma grande diferença política que tem importantes consequências para os dois países e para a região", concluiu.

 
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