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DESEMPREGO E PRECARIZAÇÃO EM ALTA
Governo e mídia mentem sobre queda no desemprego
Valdemar Silva
Mestre em Serviço Social - UERJ

As notícias na mídia burguesa sobre a queda na taxa de desemprego são controversas. Ainda são mais de 13 milhões de trabalhadores sem emprego e condições de sustentar suas famílias. Além disso, os dados se referem ao aumento do emprego precário e informal, sem carteira assinada, sem nenhuma garantia de direito, que muitas vezes é a unica alternativa para pagar as contas no final do mês.

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Hoje foi destaque nos grandes veículos de comunicação, como a Folha de São Paulo, que a taxa de desocupação teve queda. Entretanto, essa informação não passa de uma mentira, uma camuflagem para negar o crescimento do trabalho precário e informal.

Segundo dados do próprio IBGE, o número de desempregados ainda é maior que toda a população de São Paulo, a maior cidade do país. São ao todo mais de 13 milhões de desocupados.

Nos destaques da mídia no decorrer do dia, a notícia foi que a a taxa de desocupados caiu 0,8% em relação trimestre de fevereiro à abril de 2017.

O governo se esforça nos cálculos pra comemorar migalhas e tentar esconder o aumento expressivo de pessoas fora do mercado formal de trabalho, ou seja, sem carteira assinada e em trabalhos extremamente precários.

IBGE: "O número de empregados com carteira de trabalho assinada (33,3 milhões de pessoas) manteve-se estável frente ao trimestre anterior, mas caiu 2,9% frente ao mesmo trimestre do ano anterior (- 1,0 milhão de pessoas). Já o número de empregados sem carteira assinada (10,7 milhões de pessoas) cresceu 4,6% em relação ao trimestre anterior (mais 468 mil pessoas) e 5,6% contra o mesmo trimestre de 2016 (mais 566 mil pessoas). O contingente de trabalhadores por conta própria (22,6 milhões de pessoas) subiu 1,6% na comparação trimestral (mais 351 mil pessoas) e na anual houve estabilidade."

Somado a isso está o aumento populacional e o desalento, que é o número de pessoas que deixaram de procurar emprego. Portanto, apesar de o governo tentar maquiar a crise, fica evidente que os trabalhadores brasileiros, sobretudo os mais pobres, vivem hoje um dos momentos mais dramáticos de sua história, com o desemprego e o número de trabalhos precários crescendo de forma escandalosa.

Enquanto Temer, regado a mordomias, viaja pra China oferecendo o pacote de privatizações, o governo tenta disfarçar o caos buscando camuflar a realidade brutal da classe trabalhadora. Entretanto, os exemplos da crise orgânica fervilham diariamente como a esquina dos desempregados em São Paulo, e a pernoite em plena Avenida Brasil numa fila quilométrica por vagas de emprego num shopping do Rio de Janeiro.

 
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