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MACHISMO
Abuso sexual em ônibus se repete em SP e Justiça incentiva liberando estuprador
Redação

Em menos de 24 horas, duas mulheres sofrem abuso sexual em ônibus na Avenida Paulista, região central de São Paulo.

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(Foto: Paula Paiva Paulo/G1)

Nessa quarta-feira (30), mais uma mulher é vítima de abuso sexual dentro do ônibus por volta das 13h20, na altura da rua Alameda Joaquim Eugênio de Lima, quando um homem apalpou os seios de uma mulher e a mesma entrou em estado de choque.

A Polícia Militar foi acionada e o homem foi levado para o 78º Distrito Policial, nos Jardins, mesmo local onde foi preso o homem que ejaculou na perna de uma mulher no, no mesmo trajeto que a nova vítima.

"Ele passou a mão em mim e quis parecer que eu estava louca", relatou Juliana de Deus, de 25 anos. "Estava sentada ao lado dele. Ele começou a passar a mão no meu seio e eu comecei a me ligar. ’Sai de perto, sai de perto!’ As mulheres ao redor também começaram a se revoltar".

O local rapidamente reuniu dezenas de pessoas que estavam passando pelo local revoltadas com um segundo caso de abuso que há poucas horas havia acontecido, na mesma situação, no mesmo local.

Chorando e em estado de choque, a vítima foi acolhida por outras mulheres que estavam no local. O assediador foi mantido dentro do ônibus até ser retirado por policiais militares.

O caso ocorreu no dia em que campanha contra assédio no transporte público é lançada, apesar da conivência da Justiça

Hoje, pelo segundo dia consecutivo mais uma mulher foi vítima de assédio sexual dentro de um ônibus da linha 875H-Lapa - Vila Mariana que passava pela mesma região da Avenida Paulista, parte central de São Paulo.

Uma passageira que não quis se identificar viu toda a cena. "Ele estava virado para o lado dela toda hora. Ela [a vítima] levantou e disse pra mim ’toma cuidado com ele’", contou a mulher que foi levada como testemunha.

O caso ocorreu no mesmo dia em que 16 entidades, incluindo empresas de transporte público e a Prefeitura, lançaram a campanha "Juntos Podemos Parar o Abuso Sexual do Transporte", que foi encabeçado pelo Tribunal de Justiça.

Contraditoriamente, esse mesmo tribunal relaxou a prisão em flagrante do ajudante geral Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, que havia sido preso após se masturbar e ejacular em uma passageira dentro de um ônibus na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, no dia de ontem, terça-feira, 29. O estuprador recebeu liberdade em audiência de custódia na manhã desta quarta-feira, 30, e não vai mais responder a nenhum processo.

A decisão é assinada pelo juiz José Eugenio do Amaral Souza Neto, que disse: "Na espécie, não entendo que não houve o constrangimento, tampouco violência ou grave ameaça, pois a vítima estava sentada em um banco do ônibus, quando foi surpreendida pela ejaculação do indiciado." Além de ter ejaculado no pescoço de uma mulher em um espaço público, Diego possui 5 denuncias de estupro, cuja ausência de culpa demonstra o papel que o próprio Estado cumpre em reproduzir esse tipo de violência de gênero.

 
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