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TERCEIRIZAÇÃO UNICAMP
Reitoria da UNICAMP demite funcionários Funcamp para terceirizá-los em condições ainda piores
Alícia Noronha
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(Imagem retira da página Unicamp Invisível)

A reitoria da Unicamp mais uma vez, vem demitindo trabalhadores da FUNCAMP, que já trabalham em regime terceirizado, ainda que com mais estabilidade que os trabalhadores de empresas como a Centro ou a Alternativa, estes que podem ter a licitação do serviço contratado cancelado pela universidade a qualquer momento. E é esse tipo de situação que a reitoria da Unicamp do Knobel está generalizando, pois, segundo relatos de trabalhadores à página Unicamp Invisível, estão previstas demissões de 200 trabalhadores FUNCAMP no próximo período, com a ideia de recontratá-los a partir das empresas que ganharam as novas licitações, dessa forma diminuindo seus salários e acabando de vez com a sua estabilidade.

O cenário está incerto, não se sabe como direito os tempos, as formas, mas que um forte ataque a esses trabalhadores está sendo articulado, e que de forma indireta já está sendo avisado aos funcionários a probabilidade desse cenário escandaloso. Pelo que está sendo observado, essa situação atingirá principalmente o serviço de manutenção da universidade, um serviço que há algum tempo vem sendo atacado e extremamente precarizado pela falta de funcionários. Por exemplo, o IFCH possui apenas 2 funcionários responsáveis pela manutenção de todo o instituto. Um completo absurdo perante o quadro da fiação elétrica que não permite que o ar condicionado das salas de aula seja ligado, ou pelo incêndio que a biblioteca sofreu em 2013, entre outras demandas na manutenção do espaço.

Já vimos diversas vezes como a reitoria desta universidade, em especial nos momentos de crise, ataca os setores mais precários. Uma reitoria racista que ataca os estudantes negros que lutaram por cotas, é a mesma que demite seus funcionários, terceiriza ainda mais o trabalho na universidade, cujos trabalhadores precarizados são em sua maioria também negros. Uma reitoria com um CONSU composto com membros da FIESP, diretamente ligados à indústria, dentre outros setores do empresariado, tem como objetivo produzir um conhecimento voltado para as patentes e o lucro privado destes. Este é um órgão que existe não para garantir que o conhecimento da universidade possa ser voltado às demandas mais sensíveis da população, mas para que se demitir trabalhadores, dividir a sua organização também pela via da terceirização, assim como punir estudantes que lutam por um outro projeto de universidade. Por isso, os estudantes devem estar ao lado dos trabalhadores contra essa medida absurda, contra a reitoria do Knobel e sua política de sucateamento da universidade pública.

 
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