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RIO DE JANEIRO
Garis do Rio sofrem ameaças da prefeitura para desgastar a greve
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O sétimo dia de greve dos garis foi marcado por mais ataques ao direito de greve e ameaças como forma de disciplinar a categoria. No ato, pela manhã na frente da sede da Comlurb, os garis foram surpreendidos por oficiais da justiça com uma liminar que estabelece que garis que forem acusados de “atos de vandalismo” (como se referiu a 2a edição do RJTV esta noite)terão que pagar 5 mil reais. Além disso, constava uma lista de nomes de garis que deverão permanecer 500 metros de qualquer edifício da Comlurb e não participarem de piquetes ou impedir a coleta que faz parte do plano de contigência da prefeitura.

Estas ações são parte da estratégia de desgaste da prefeitura. Eduardo Paes (PMDB) deixou claro que deixará nas mãos da justiça e enquanto isso vai provando seu plano de contigência como laboratório para 2016, com a autorização da justiça até mesmo do uso de escoltas armadas.

Em entrevista dada para a Rádio Bandeirantes pela manhã de hoje, o prefeito reconheceu que a greve de 2014 pegou a prefeitura de surpresa, mas este ano estavam aplicando um plano de contigência (como uma série de irregularidades e riscos aos contratados, como já denunciamos). Paes, apesar de fazer um discurso demagógico de que reconhece o valor da “garizada” (contrário do ano passado que os chamou de delinquentes), deixou nas entrelinhas que a Comlurb está mapeando os garis que estão na linha de frente da greve, para caso a greve seja julgada ilegal, sejam demitidos por justa causa.

O plano de contigência de Paes está calculado para durar 10 dias, e apesar de estar conseguindo manter a coleta funcionando em várias regiões da cidade, são feitas as custas de precarização arriscando vidas, demonstradas em vídeos nas redes sociais por pessoas contratadas dizendo que autorizam até trabalhar de chinelo. Além do descaso com a falta de pagamento aos contratados, que esta semana já protestaram na frente da Guarda Municipal.

O plano de contigência e as medidas judiciais contra os garis são demonstrações de que a prefeitura e a Comlurb aprenderam com a greve dos garis de 2014 e vêm se preparando para barrar qualquer organização da categoria em 2016 onde estará em jogo o controle da Comlurb e dos lucros dos empresários e benefícios de políticos como Paes, Pedro Paulo (PMDB), Rosas Fernandes (SDD) e tantos outros políticos que governam para os patrões e empresários.

Como mais uma forma para desgastar a greve, o julgamento do dissídio que seria amanhã no TRT foi adiado para segunda-feira (23/03). Por isso é fundamental uma ampla campanha de denúncia da prefeitura contra o direito de greve e pelo imediato atendimento das reivindicações.

 
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