Essa reforma passa por resoluções absurdas, como um fundo de campanha avaliado em 3,5 bilhões de reais, como alternativa ao financiamento de empresas privadas, a exclusão de voto por legendas e a obrigatoriedade de pelo menos 1,5% dos votos em pelo menos 14 estados para garantir acesso a esse fundo e tempo de TV, a criação do “distritão” que aprovara apenas os candidatos mais votados sem considerar os votos nas legendas entre outras emendas nada democráticas.
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Essa reforma deixa claro que a intenção dos parlamentares é barrar a voz da esquerda e da classe trabalhadora. Essas resoluções colocam na ordem do dia que só os grandes partidos burgueses poderão ter representatividade nas próximas eleições. O valor desse fundo eleitoral é um absurdo, num país aonde a educação e a saúde vem sendo sucateadas desde o golpe e tendo como pontapé inicial a PEC do fim do mundo (PEC 55).
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Apesar de algumas divergências entre os parlamentares sobre qual a melhor forma de aprovar essa reforma antidemocrática todos tem acordo com a cláusula que atinge diretamente os partidos de esquerda. Essa clausula estabelece restrições as legendas que não tiverem pelo menos 3% dos votos validos nas eleições da câmara, distribuídos nos 14 estados uma porcentagem de pelo menos 2% em cada um, com uma transição de 1,5% nas eleições de 2018. Pensemos: a quem favorece restringir a voz da esquerda, de trabalhadores e de movimentos sociais?
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