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ELEIÇÕES NA ARGENTINA
Crônicas de campanha: um grande apoio a Nicolás delCaño se vê desde baixo
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Em cada percurso do candidato, nas ruas, lugares de trabalho e estudo, se sente um crescente apoio à campanha do candidato da Frente de Esquerda junto aos trabalhadores, às mulheres e à juventude.

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“Te vi na televisão junto dos trabalhadores da PepsiCo, a esquerda sempre está do nosso lado”, disse um trabalhador do comércio que saiu de seu lugar de trabalho para abraçar Nicolás delCaño.

A cena ocorreu no centro de Lanús, mas se repete diariamente em cada percurso feito pelo candidato do PTS e da Frente de Esquerda por toda a província de Buenos Aires. Depois de mais de um ano e meio de ajuste do presidente Macri e dos governadores, com as demissões e uma forte inflação, são milhares os que viram na esquerda que estava junto dos trabalhadores da PepsiCo algo diferente, cansados da trégua das cúpulas sindicais e do kirchnerismo que não fez nada da resistência prometida. Myriam Bregman, Christian Castillo e outros companheiros do PTS – Frente de Esquerda, vivem cenas parecidas, assim como também ocorre com os candidatos do interior do país.

A poucos metros do diálogo anterior, uma jovem também disse: “Nicolás, vamos pelas seis horas de trabalho! Vi os spots no Facebook e me identifiquei, trabalho muitas horas e não sobra tempo para estudar. Quero colaborar com a campanha para que você chegue no Congresso”. É precisamente na juventude trabalhadora e estudantil que está uma das propostas centrais da campanha: trabalhar seis horas, cinco dias da semana, repartindo as horas de trabalho e todos trabalhando com um salário que seja no mínimo igual a uma cesta básica familiar. Para uma juventude que deixa a vida nos trabalhos, que trabalha de forma precária, com salários baixos, às custas de sua saúde, de poder estudar e passar tempo com as suas famílias, é um tema central. E a resposta se sente na rua.

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Algo disso se voltou a perceber na juventude durante a tarde de ontem, quando centenas de jovens se reuniram na explanada da Universidad Nacional de Tres de Febrero para escutar as propostas de Nicolás delCaño e da Frente de Esquerda. Durante a campanha, cenas parecidas aconteceram em muitas universidades da periferia. Ontem, um dos temas mais fortes, que mostrou ódio e sensibilidade entre os jovens, foi a discussão sobre o desaparecimento de Santiago Maldonado.

Uma grande recepção teve também Nicolás no Astiller Río Santiago, lugar de trabalho com uma enorme história de luta e referentes históricos do PTS, como José Montes, Miguel Lago, “Quique” Ferreyra, Juan Contrisciani, Hernán García e outros companheiros. Os operários se aproximaram para conversar e tirar fotos, expressando sua preocupação pelo esvaziamento do estaleiro. Nicolás del Caño (que estava acompanhado de Néstor Pitrola, Christian Castillo e, quem encabeça a lista de vereadores da região de La Plata, Luana Simioni), denunciou no percurso que “a governadora María Eugenia Vidal segue sem tomar as medidas elementais que permitiriam que se desenvolvesse a atividade do Estaleiro.

A Frente de Esquerda está no lado oposto: nossas bancas estarão a serviço de fortalecer as lutas dos trabalhadores, que vêm demonstrando uma enorme disposição de lutar pelos seus direitos, como expressa também a emblemática luta dos trabalhadores da PepsiCo”.

Nesse mesmo dia, mais tarde, no percurso pela cidade de La Plata, uma senhora comentou que Del Caño se parece com um “rockstar”. Ela se referia a enorme euforia na rua por parte de muitos trabalhadores, mulheres e jovens que se aproximavam para saudar, reconhecendo a sua luta e se identificando com as suas denúncias e propostas.

Não muito distinto foi o panorama que se viveu no sábado passado, quando Nicolás delCaño esteve em Tigre, acompanhando, entre outros, trabalhadores de importantes fábricas multinacionais da zona onde se vivem fechamentos, demissões e suspensões, enquanto as escolas da região sofrem corta de verba. Ali Nicolás se reencontrou com os que já muitas vezes havia encontrado na Panamericana e nas fábricas, em lutas emblemáticas como Lear, Kraft ou Madygraf (ex-Donnelley), entre outras. Muitos desses operários, dos mais combativos do país, são também candidatos nas listas do PTS e Frente de Esquerda.

Cenas parecidas se repetem em outros lugares da periferia e no interior da província. Por exemplo em Mar del Plata, onde a visita de Del Caño foi “recebida” com a hashtag #NicoDelCañoenMardel como tendência nas redes sociais. Ali Nicolás destacou que “em Mar del Plata os empresários da pesca seguem ganhando fortunas às custas das vidas operárias, como aconteceu recentemente com o naufrágio do navio El Repunte”. Nas ruas foi possível perceber que as tendências nas redes não eram só virtuais, mas que cresce uma proposta que é alternativa política dos trabalhadores, das mulheres e da juventude.

Nesse sentido, Nicolás explica também nas mídias, sempre que tem oportunidade, que “votar na Frente de Esquerda é uma mensagem de luta e resistência. Como demonstramos no Congresso, nas legislaturas de mais de oito províncias onde está a FIT e nas ruas. A classe trabalhadora é a única que pode dar uma saída progressiva à ruína que estamos sendo levados pelo Governo nacional aliado aos governadores conservadores. Depois de outubro, se prepara um mega-ajuste. Tentarão avançar na flexibilização do trabalho e em uma nova privatização das aposentadorias. Para fortalecer a luta, necessitamos mais Frente de Esquerda no Congresso”.

 
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