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USP
Comovente homenagem à trabalhadora Cícera, morta há 10 anos pelas mãos da PM
Redação

Ontem ocorreu na Faculdade de Educação da USP um Ato-homenagem 10 anos sem Cícera: Ela vive em nossas lutas, que lembrou da trabalhadora Maria Cícera Santos Portela, assassinada pela PM na comunidade São Remo.

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O ato foi marcado pela presença de diversos estudantes, professores e trabalhadores da USP. Estavam presentes representantes da Adusp (Associação de Docentes da USP), do SINTUSP (Sindicato dos Trabalhadores da USP), do CAPPF (Centro Acadêmico da Pedagogia Paulo Freire) e do grupo de mulheres Pão e Rosas.

Diana Assunção, trabalhadora da Faculdade de Educação, onde Cícera trabalhava como trabalhadora terceirizada junto com sua mãe, Dona Cida, abriu o evento bastante emocionada e lembrou que é a primeira vez na história da universidade que uma trabalhadora terceirizada é homenageada oficialmente. Foi transmitido um vídeo, produzido pelo Esquerda Diário, com relatos e a história de Cícera.

Lisete Arelaro, ex-diretora e professora da Faculdade de Educação, lembrou de Cícera, da sua alegria quando trabalhava no restaurante da educação. Reafirmou também o papel da polícia que assassinou Cícera e ressaltou a importância de seguir a luta. Pablito Santos, diretor do Sintusp e da secretaria de Negras e Negros, lembrou do racismo institucional que explora e oprime milhares de trabalhadoras terceirizadas. Lembrou também de Igor Silva Oliveira, trabalhador terceirizado do CEPEUSP morto pela PM na chacina de Osasco, enquanto bebia uma cerveja com os amigos depois do trabalho. Remarcou também a importância da luta pela efetivação de todos os trabalhadores terceirizados. Ana Luiza da Costa, pela Adusp, lembrou que a mesma PM que matou Cícera, que há pouco tempo assassinou um catador de papel, é a que a USP mantém um convênio para reprimir trabalhadores e estudantes em defesa da universidade. Flavia Toledo, do CAPPF, remarcou a importância da luta pelo fim da polícia e por uma universidade aberta para todas as Cíceras e todos os que queiram estudar!

Dona Cida, mãe de Cícera, bastante emocionada, agradeceu a homenagem à filha. Foi presenteada com uma placa em homenagem a filha. Zé Carlos, irmão de Dona Cida e a quem Cícera considerava como um pai, lembrou a luta de sua sobrinha, e agradeceu que Cícera seja lembrada. Silvana Araújo, trabalhadora terceirizada e do grupo de mulheres Pão e Rosas, lembrou a luta cotidiana das trabalhadoras e trabalhadores terceirizados por uma vida digna e ofereceu um álbum de fotos produzido pelo Pão e Rosas com trabalhadoras da USP homenageando Cícera. Rosana Bullara, trabalhadora da FEUSP, colocou a importância de se lutar contra a polícia, que assassina e reprime negras e negros, jovens e trabalhadores, no mundo todo.

Leia mais: Trabalhadora terceirizada será homenageada na USP há 10 anos de seu assassinato

Vídeo do Ato-Homenagem:
Parte 1

Parte 2

Cícera vive em nossa lutas!

 
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