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AUMENTO DE IMPOSTOS
Temer estuda aumentar vários impostos, mas se nega a taxar grandes fortunas
André Arruda

A arrecadação federal segue em baixa enquanto o presidente golpista e ilegítimo Michel Temer joga fora bilhões de reais na compra do apoio de parlamentares para se manter no poder. Quem é que vai pagar essa conta? As trabalhadoras e os trabalhadores.

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A economia ainda não se recuperou, e Temer tem encontrado dificuldade para tapar o buraco de R$ 139 bilhões de déficit federal aberto até agora em sua gestão. Os últimos aumentos aplicados nos impostos sobre os combustíveis ainda não são suficientes para satisfazer as urgências do golpista, que já de antemão descartou qualquer possibilidade de aumentos no Imposto de Renda (IR) dos grandes empresários e pessoas ricas do país.

Até o final deste mês, o peemedebista precisa apresentar ao Congresso uma proposta de Orçamento-Geral da União para o ano de 2018, onde já alegou querer diminuir o déficit para R$ 129 bilhões. Na noite desta terça-feira (8), algumas horas antes do Palácio do Planalto divulgar a nota de comprometimento de Temer em não aumentar o IR, ele próprio concedeu uma entrevista em um evento em São Paulo admitindo que a sua equipe estuda as possibilidades de aumento de outros tributos.

Entre as ideias que aparecem na cabeça da sua "equipe", onde absolutamente nenhuma delas (e o "presidente" garante) vai encostar nas enormes fortunas que os escândalos de corrupção fazem questão de esfregar na cara do povo, está o aumento da tributação dos profissionais liberais que hoje contribuem como pessoas jurídicas (PJ). Também está sobre a mesa a taxação de impostos sobre aplicações financeiras que hoje são isentas de IR, como as LCA (Letras de Crédito Agrícola) e LCI (Letras de Crédito Imobiliário), duas aplicações que, juntas, hoje somariam cerca de R$ 30 bilhões em geração de impostos.

Fica cada vez mais claro que decisões como essas não podem estar a cargo de um presidente e sua "equipe" interessados em sustentar um capital político com seus pilares calcados em um golpe parlamentar, na corrupção escancarada e na margem de lucro do empresariado obtida através de reformas trabalhistas que arrasam com os direitos das trabalhadoras e trabalhadores. É preciso construir uma resposta que venha de baixo e é preciso que retomemos o caminho da Greve Geral à luz da entrada em cena da classe trabalhadora nas lutas do primeiro semestre desse ano e exijamos uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, que coloque ao povo a decisão sobre os tributos e que faça com que os capitalistas paguem pela crise que eles mesmos criaram. Sabemos que os nossos interesses não serão cumpridos pelas velhas figuras da ordem às vésperas do período eleitoral, e nós não podemos esperar.

 
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