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DECLARAÇÃO DA FAÍSCA – Juventude Anticapitalista e Revolucionária
Contra a crise da educação pública: por uma campanha de solidariedade à greve da UERJ
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria
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A UERJ está sendo duramente atacada pelos governos dos capitalistas, e isso não é de hoje. Sem receber suasverbas desde o ano passado, com um atrasode3 meses de salários de docentes, técnicos e terceirizados, bem como das bolsas dos estudantes de todos os tipos. Hoje até mesmo o único bandejão da universidade, (no campus Maracanã, pois os demais nunca tiveram) está sem funcionar, e as 50 empresas melhor colocadas na licitação realizada pela universidade não quiseram nem enviar seu orçamento para a instituição, pois sabem que não receberão o pagamento em dia e não obterão seu tão estimado lucro.

Na terça-feira, dia 1 de agosto, os docentes se reuniram em assembleia e deliberaram manter sua greve; mais de 300 estudantes em assembleia fizeram o mesmo; e os técnico-administrativos estão desde 16 de janeiro em greve. O governo de Luiz Fernando Pezão, do PMDB, segue com seu plano de destruir a universidade e quem sabe até mesmo fechar suas portas ou vende-la a algum capitalista que queira lucrar com o direito à educação. A Reitoria adota uma estratégia de pressionar o governo com o adiamento das aulas, sem criticá-lo de forma alguma, mas obrigou esse ano a que a comunidade acadêmica espremesse um semestre inteiro em um período de 75 dias, o que só aprofundou a precarização do ensino e docênciae agravou o quadro de evasão dos estudantes da universidade. Na prática, mantém conivência com a política de desmonte e desgaste feita pelo governo.

Vídeo da Faísca da UERJ chamando a campanha:

A educação vem sendo uma das áreas mais atacadas com o governo golpista de Temer. Com cortes de verbas, teto no orçamento e uma série de medidas que colocam em risco aquilo que deveria ser um direito garantido a todos. Se hoje a UERJ não abre suas portas por falta de verbas, já existe uma lista universidades públicas que esse semestre pode seguir o mesmo caminho e suspender suas aulas em setembro. Devido aos cortes, mais de 100 mil pesquisadores bolsistas do CNPq podem simplesmente ter suas bolsas suspensas de uma hora para outra. Uma mostra clara de como esses ataques, que estão se dando de forma concentrada na UERJ, são parte de um plano muito maior dos capitalistas para destruir a educação pública de conjunto. Dentro deste plano de ataques, o governo golpista do Temer se alça como liderança, numa aliança com Pezão, mas também os governo do PT não foram uma alternativa para garantir a defesa da educação pública que teria que passar pelo enfrentamento com os tubarões do ensino, que resolveu alimentar.

A crise que atinge a UERJ hoje é uma expressão da crise econômica que atinge o país, e com muito mais força, o estado do Rio de Janeiro, que está se transformando num verdadeiro laboratório para a burguesia testar seus ataques a classe trabalhadora e a juventude brasileira. Os ataques de Pezão, articulados com Temer, não ocorrem apenas na universidade. A privatização da Companhia Estadual de Água e Esgoto (CEDAE) foi exigida pelo governo golpista de Temer como “contrapartida” para a suspensão temporária do pagamento da dívida do estado com a União, e para que fossem feitos novos empréstimos para o Rio de Janeiro. Essa absurda venda de uma companhia que atende a um direito mais do que essencial, como é a água, foi aprovada pelos corruptos deputados do Rio, e agora a negociação segue com o governo federal, discutindo se será o BNDES o comprador da CEDAE.

Os direitos dos trabalhadores que estão sendo massacrados pelas reformas de Temer com a conivência das burocracias sindicais – tais como CUT, CTB e Força Sindical – que não colocaram de pé uma luta séria, estão sendo ainda mais atacados no Rio com os pacotes de maldades do Pezão, que mesmo sem estar no acordo com Temer, atacou o funcionalismo público com a aprovação do aumento da alíquota previdenciária, por exemplo.

Na saúde, o estado é de calamidade, e agora o prefeito Marcelo Crivella também anunciou um imenso ataque, com o fechamento de 40 unidades de saúde, a demissão de 300 trabalhadores da saúde, o que afetará o atendimento de 1 milhão de pessoas. As filas de espera intermináveis, pessoas sendo atendidas nas calçadas, nos corredores, falta de leitos e insumos hospitalares só vai piorar e aumentar o número de mortes.

A UERJ foi a primeira universidade do país a implementar cotas raciais, e um enorme contingente de filhos da classe trabalhadora que compõem seu corpo discente. É uma universidade muito menos elitista do que a média das universidades públicas do país, muito mais negra e popular. Não à toa é uma das mais atacadas. Enquanto os governos a atacam, preservam metade do orçamento nacional para o pagamento da dívida pública, ou seja, o lucro dos capitalistas, banqueiros e especuladores.

É preciso construir em cada universidade e em cada escola uma grande campanha de solidariedade ativa a greve da UERJ. Onde cada centro acadêmico e cada DCE esteja a serviço de batalhar para defender essa universidade como parte da defesa de toda educação pública, gratuita e de qualidade. A UNE precisa colocar todas as suas forças e seu alcance nacional a serviço dessa campanha. E para isso é necessário romper com a adaptação das direções majoritárias, da UJS e do Levante Popular da Juventude, que por meio do apoio a política conciliadora do petismo, constituem um verdadeiro freio para que a imensa maioria da juventude extremamente politizada e desejosa por mudanças, possa se aliar a classe trabalhadora e retomar o caminho da greve geral, para derrotar os ataques a educação, as reformas e os governos capitalistas. A Oposição de Esquerda da UNE precisa se colocar na linha de frente dessa campanha, organizando milhares de estudantes desde as bases, combatendo o extremo burocratismo da majoritária, para dessa forma transformar a greve da UERJ num ponto de apoio para uma luta nacional contra os ataques a educação.

CLIQUE AQUI para baixar os materiais da campanha virtual de apoio, que vai ter esses cartazes abaixo colados amplamente pelas ruas do Rio

Defender a UERJ é defender o direito à educação, é defender os serviços públicos e os direitos dos trabalhadores. Por isso, nós da Faísca nos colocamos, não apenas no Rio mas em todo o país, na primeira fileira dessa luta importantíssima. E fazemos um chamado a todos os jovens, estudantes, entidades estudantis e de trabalhadores, organizações de esquerda e coletivos, para que tomem em suas mãos a defesa da UERJ.

#UERJResiste
#UERJEmGreve
A educação vale mais do que os lucros deles!

 
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