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DEMISSÕES
Mais uma leva de terceirizados é demitida nos Correios sem explicações
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A ECT, que patrocina as Olimpíadas e vem alegando que vive momento promissor segundo declarações de seu presidente, Wagner Pinheiro, demite uma nova leva de terceirizados em São Paulo. Como se já não bastasse o descaso da empresa à lacuna de funcionários efetivos agora o ataque recai sobre os temporários.

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A ECT, que patrocina as Olimpíadas e vem alegando que vive momento promissor segundo declarações de seu presidente, Wagner Pinheiro, demite uma nova leva de terceirizados em São Paulo. Como se já não bastasse o descaso da empresa à lacuna de funcionários efetivos agora o ataque recai sobre os temporários. Ou seja, ao setor de trabalhadores que já sofrem cotidianamente com as piores condições de trabalho, como a falta de direitos trabalhistas elementares e a lógica de rotatividade, agora são os primeiros a serem afetados com a crise e os ataques do governo.

A falta de funcionários é um problema crônico da categoria e os Correios tenta responder com mão de obra terceirizada (MOTs) explorando ainda mais os trabalhadores. Vale destacar que o trabalho terceirizado no Brasil aumentou de 4 milhões para 12,7 milhões de trabalhadores nos governos petistas e até agora os sindicatos ligados ao governo não travaram uma luta contundente contra o PL4330 (da terceirização), como o SINTECT-SP que no dia nacional de paralisação contra o projeto, não paralisou as unidades.

Nesta terça-feira, ocorreu uma nova onda de demissões e cancelamentos de contratos no estado de São Paulo por culpa das misteriosas relações entre a ECT e empresas terceirizadas e que envolveu um grande número de unidades. Foram demitidos trabalhadores terceirizados que tinham pouquíssimo tempo de trabalho e ficam agora jogados à própria sorte.

Desde 2014 o Ministério do Trabalho vem denunciando a ECT por contratações ilegais de mão de obra temporária em suas atividades fins, como já denunciamos aqui e a lógica é sempre a mesma: demite uma leva de terceirizados e se contrata outra.

O Esquerda Diário pegou o depoimento de Gabriel, trabalhador temporário demitido da região metropolitana de São Paulo, empregado da Empreza Gestão de Pessoas e Serviços Ltda:

“A, é complicado. Fui demitido junto com mais quatro MOTs na unidade que a gente trabalhava. Eu tava trabalhando 1 mês e meio, teve peão que tava só duas semanas e meia. A gente conta com o emprego e agora tá na rua. Isso prejudica também as famílias que contam com o dinheiro né. Não explicaram o porque. Nos trataram que nem lixo descartável e nosso sindicato na prática não existe. Espero que paguem pelo menos a quebra de contrato.”

Natalia Mantovan, ecetista de campinas, também nos deu seu depoimento sobre o caso:

“Esse nível de descaso da empresa já é recorrente e tem se aprofundado ainda mais nos últimos anos. O MOTs trabalham tanto ou até mais que os ecetistas concursados. O correto seria que eles fossem efetivados pois já demonstram no dia a dia que são capazes de realizar o trabalho. É triste ver que o movimento sindical ecetista não os vê como membros da mesma categoria. O correto seria que eles lutassem lado a lado com os terceirizados. Até porque é a única forma dos trabalhadores se unirem contra os ataques que vem ocorrendo a todas as trabalhadoras e trabalhadores.”

 
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