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AULAS ADIADAS NA UERJ
Sem plano de lutas, Reitoria adia início do ano letivo de 2017 na UERJ
Valdemar Silva
Mestre em Serviço Social - UERJ

Sem tecer críticas ao governo ou apresentar propostas de enfrentamento à dramática situação da UERJ, a Reitoria adiou o início do ano letivo de 2017, assim como fez no último período.

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O Reitor, Ruy Garcia Marques, concedeu entrevista ao Bom dia Rio na manhã de hoje e falou sobre a situação dos servidores que acumulam dívidas por conta dos salários atrasados, e também do adiamento às aulas, que mostramos ontem no artigo de Isabela Santos.

O reitor afirmou também que não sabe até quando as empresas terceirizadas continuarão prestando serviços à UERJ, pois não há qualquer repasse para essas empresas por parte do governo, o que afeta diretamente a vida dos trabalhadores terceirizados que em sua grande maioria são mulheres negras.

Confiando na benevolência do governo do estado, e ignorando que há um projeto de desmonte das universidades em curso, Ruy segue sua doce linha de enfrentamento à maior crise da história da UERJ: sem plano de lutas e em tom amigável.

“Temos que acreditar que o governo vai nos fazer uma proposta e vai nos pagar alguma coisa hoje, amanhã, semana que vem. Não queremos ficar parados. A universidade não está fechada, só não tem aulas. O retorno às aulas depende do governo nos pagar pelo menos parte dos salários e apresentar um calendário de pagamento”, disse o reitor.

Plano de Recuperação Fiscal

Em paralelo e atrelado ao caótico cenário que segue a UERJ, na semana passada, o golpista Michel Temer assinou o decreto do programa de recuperação fiscal dos Estados, e o Rio só entrou nesse pacote depois que o governador Pezão seguiu as ordens de Temer para atacar ainda mais os direitos dos servidores, como o aumento da contribuição previdenciária, por exemplo.

Além disso, as contrapartidas que garantirão um empréstimo de R$ 3,5 bilhões ao Estado, também incluem a privatização da CEDAE e um teto de gastos, que limita o aumento das despesas públicas, o que também afetará diversos programas sociais.

Nesse contexto, não há outra saída que não seja a massificação das lutas pela universidade, assim como a própria Reitoria utilizou seu peso pra fazer um abraço em defesa da UERJ num ato que reuniu milhares de pessoas e inúmeras personalidades políticas no início do ano. Também é importante lembrar que atividades como os festivais "Uerj Resiste" foram extremamente importantes para denunciar o desmonte da universidade, mas também para reunir grande parte da comunidade acadêmica.

Assembleias dos seguimentos

Em meio a essa conjuntura catastrófica, hoje o DCE promove nessa tarde de terça a Assembleia Geral dos Estudantes no auditório 53 a partir das 18h.

Hoje também aconteceu a assembleia da Asduerj, Associação dos Docentes da UERJ, marcada para o início da tarde no auditório 11, e que aprovou o início da greve dos professores.

 
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