A prática das religiões de matrizes afro com liberdade são fruto de muita resistência, durante quatro séculos os praticantes, sobretudo a população negra, foram perseguidos por sua cultura. A umbanda e o candomblé são frutos do sincretismo religioso. Os escravizados praticavam a religião afro nas senzalas e para enganarem seus senhores e os padres, fingiam estar adorando os santos católicos. No entanto, até os dias de hoje é evidente o preconceito que os seguidores dessas religiões sofrem.
A campanha "Liberte Nosso Sagrado", exige a devolução dos objetos sagrados que se encontram hoje sobre custodia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, um acervo com cerca de 200 peças. Os lideres umbandistas e candomblecistas, junto a ativistas do movimento negro, reivindicam que esses objetos que foram apreendidos pela polícia no início do século, por conta de uma lei que proibia essas praticas religiosas, vá para um lugar que possa pertencer aos religiosos.
O objetos são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN. O racismo institucional e histórico fica marcado pelos mandos e desmandos da polícia, que recolheu os objetos. Também é legitimado cotidianamente pela bancada evangélica no congresso, que de forma abusiva condena e incita perseguição a religiões de matriz africana.
|