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FIES
Empresas querem privatização do FIES após possibilidades de mudança por parte do governo
Redação

"O próprio governo dá sinalizações de que vai privatizar o FIES", afirma empresário que defende o financiamento privado da graduação, lucrando em cima dos estudantes e da educação.

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Especula-se que o governo anunciará novas regras para o FIES no próximo período, com a possibilidade de aumento dos juros e mudança no prazo de carência do financiamento. No início do ano o governo já diminuiu o teto do financiamento, de R$ 45 mil semestrais para R$ 30 mil, agora espera-se que as mudanças sejam ainda mais profundas.

Diante desse cenário, diversas empresas já buscam mudanças expressivas no FIES, com viés abertamente privatista. As propostas, em síntese, é de substituir o Estado no financiamento da graduação do aluno, mas com juros que garantam lucro para os investidores. A empresa de serviços financeiros, Biva, por exemplo, promoveu um projeto piloto onde eles financiaram um semestre de forma integral com uma taxa de 1% ao mês. Dessa forma, os investidores lucram 1% ao mês, taxa que pode ser ainda maior do que investimentos no Tesouro, por exemplo, em cima das dívidas dos estudantes que não possuem condições de pagar a faculdade.

Grandes empresários, como Jorge Paulo Lemann, dono da AMBEV e homem mais rico do país, também buscam a privatização do FIES. Sua instituição da área da educação, a Estudar, vem fechando parceria com a Prodigy Finance, plataforma de financiamento estudantil norte-americana e tem buscado no Brasil formas alternativas de financiamento.

Segundo Vargas Neto, CEO da Biva, “o próprio governo dá sinalizações de que vai privatizar o FIES. Ou seja, de uma forma ou de outra vai ter de ter alternativas”. Com o DEM a frente do Ministério da Educação, o governo Temer vem avançando em medidas que vão na contramão da educação pública e favorecendo o setor do mercado, em especial grandes empresas que lucram com educação. A sinalização das mudanças nas regras do FIES vão nesse sentido. Quem ganha com tudo isso são os grandes investidores, bem como as instituições privadas de ensino, e tudo isso às custas dos estudantes.

 
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