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VIOLÊNCIA POLICIAL
Mapa do Crime: Cresce 60% as mortes cometidas pela PM do Rio de Janeiro
Redação

Segundo Levantamento do G1, somando os quatro primeiros meses do ano já são 178 mortes na cidade do Rio de Janeiro, um crescimento de 60% em relação ao ano passado. Prossegue o genocídio do Estado contra a população pobre, negra e periférica.

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Segundo dados levantados pelo portal de notícias G1, as mortes associadas às intervenções policiais cresceram 60% esse ano. Enquanto no primeiro quadrimestre de 2016 foram registrados 11 casos, nesse mesmo período em 2017 já são 178 o número de vítimas.

Para além do alarmante crescimento dos números, o que chama a atenção nos dados é a grande concentração das ocorrências em determinadas áreas. Das 45 delegacias distritais, apenas 10 delegacias somam 117 mortes. O local com maior número de casos compreende a área da 21ª DP (Bonsucesso). Lá, nos primeiros quatro meses deste ano, há registros de 28 mortes. No mesmo período do ano passado, foram 16 casos. Outros bairros na mesma região da cidade acompanham os indicadores de violência policial. São eles: Pavuna, Vicente de Carvalho, Ricardo de Albuquerque, Irajá, Inhaúma e Engenho Novo.

Os dados apenas confirmam um fato evidente para as populações das favelas e comunidades, que tem o seu cotidiano permanentemente invadido e violentado pela presença ostensiva da polícia militar, o caráter racista e assassino da instituição policial.

Entre os dez bairros elencados, é Bangu, na Zona Oeste, que compila o número de "autos de resistência" com variação mais expressiva: 260% de aumento em relação ao mesmo período do ano anterior. Depois, Ricardo de Albuquerque, com 233% e, em seguida, Irajá, com 125% mais casos.

Os números são o registro alarmante de uma realidade diária de terror nas comunidades, que rotineiramente são sitiadas por operações policiais, que a partir do pretexto de guerra às drogas, e do discurso da manutenção da segurança pública, transformam as regiões em verdadeiras áreas de guerra, na qual a população é vítima da violência do próprio Estado, como mais recentemente em operação no morro da Providência.

Poderíamos destacar outros tantos casos que dentre essa centena ganharam repercussão pública e a comoção geral, como o caso de Maria Eduarda ou do senhor de 71 anos morto enquanto lia jornal na frente de sua casa para comprovar o fiasco do projeto racista e reacionário das polícias pacificadoras nas favelas do Rio de Janeiro. As tais unidades de pacificação nada mais fazem que exterminar o povo negro e pobre das favelas. Enquanto elas forem a única política que o Estado encontra ser viável para moradores de favelas e áreas periféricas, os números de assassinatos cometidos pelo Estado – pois esse é o verdadeiro nome para as mortes associadas às intervenções policiais – só continuarão crescendo.

 
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