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CRISE NO RIO
Pezão não quer que o pobre estude, fechou turmas e cancelou matrículas em todo o estado
Jean Barroso
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Pezão e o secretário da educação Wagner Victer realmente não querem ver o pobre estudar. Já são centenas de turmas fechadas desde o início do ano e 32 mil estudantes que perderam suas matrículas na rede de ensino estadual do Rio de Janeiro. O Sindicato Estadual de Profissinais da Educação denunciou ontem em nota publicada aqui a operação, que tem por objetivo cortar todos os gastos com a educação dos filhos dos trabalhadores, em especial os estudantes dos horários noturnos, que são aqueles que trabalham para complementar a renda de casa.

Não bastando não pagar os servidores em dia, deixando 207 mil recebendo apenas 700 reais referente de abril, o Pezão realiza através de Wagner Victer uma operação de desmonte dos serviços públicos, no caso a educação. Desta vez sem decretos oficiais, tudo às escondidas, professores vão sendo transferidos à força e turmas vão sendo fechadas e transferidas. A SEEDUC (Secretaria de Estado da Educação) vem unificando turmas de colégios diferentes, criando salas lotadas de até 60 alunos como ocorre hoje no Colégio Bangu, e muitos outros que não sabemos pois não há informação oficial.

Este processo não é transparente de propósito, pois é "na calada da noite" que Pezão e Victer preferem que as Metropolitanas, responsáveis por organizar as escolas, atuem pegando alunos e professores desprevenidos e realizando as mudanças da noite para o dia. Aliado à isto, a SEEDUC intima o SEPE-RJ, sindicato da categoria, com uma nota em anunciando ato completamente anti-sindical por parte do governo ameaçando a categoria caso tente lutar contra os ataques.

E usando a grande imprensa comprada, como o jornal Burguês O Dia, ou o odioso jornal Extra, o governo tenta passar a narrativa de que faltam professores, como se a culpa de tudo isso fosse da categoria. A realidade é que, se faltam professores, é porque Pezão não convoca os 923 aprovados em concurso público de 2011 a 2015, e na realidade pretende demitir no futuro como explicamos no link. (Saiba mais sobre os professores aprovados que não foram nomeados neste texto)

Mas o mais absurdo são os 32 mil estudantes que tiveram suas matrículas canceladas arbitrariamente antes do censo escolar, uma medida totalmente autoritária para reduzir o número de estudantes e assim obrigar a redução de repassas à estas escolas, cancelando o RioCard imediatamente e desta forma proibindo o filho do trabalhador de ir estudar.

Não seria nenhum absurdo pensar que o governo ainda aproveitou para fazer estes ataques justamente nas maioria das escolas que foi ocupada pelos estudantes em 2016 contra a precarização da educação. É um ataque político além de tudo, de um governo que quer passar a crise para as costas dos trabalhadores e o faz mirando na resistência daqueles jovens, que junto com os professores, causou tremendo desgaste a Pezão.

A mobilização em defesa da educação e dos serviços públicos é urgente, porque junto ao sucateamento, o governo prepara um ataque que foi feito para durar anos, com um congelamento de gastos estadual igual à PEC 55 de Temer, para ser aplicada no estado. Até o presente momento, a ALERJ discute os termos desta PEC com Temer, mas sabemos que o que segura e unifica estes políticos são os ataques contra os trabalhadores, como está sendo com a privatização da CEDAE para garantir o pagamento da dívida pública e a manutenção da corrupção capitalista no estado, das isenções fiscais e das benesses que os grupos políticos oferecem aos empresários e banqueiros. É preciso dar um basta com a mobilização de trabalhadores e estudantes contra os ataques de Temer e Pezão, e que a crise seja paga pelos capitalistas!

Leia também: MUSPE quer reunião com Pezão dia 22, até lá como farão os servidores para pagar as contas?

 
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