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RIO GRANDE DO SUL
Sartori fecha milhares de turmas de ensino e abre presídios no mesmo dia
Redação Rio Grande do Sul

Governador do Rio Grande do Sul anuncia, no mesmo dia, fechamento de mais de 2 mil turmas na rede pública de ensino do estado e a abertura de 3 novos presídios no estado, com 924 novas vagas para detenção.

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Parece uma ironia de mal gosto, mas é a pura realidade do governo de José Ivo Sartori, do PMDB do estado do Rio Grande do Sul. As duas notícias foram divulgadas no mesmo dia nos grandes meios de comunicação gaúcho.

O fechamento das 2.256 turmas nas escolas estaduais, que compreende os três níveis de ensino, representa uma redução de 5,3% do total de turmas. A justificativa do governo é a alta da evasão escolar dos últimos anos. Entre muitas outras consequências, uma das mais prejudiciais é o aumento expressivo do número de alunos em cada sala de aula, diminuindo a qualidade do ensino e da aprendizagem.

A alfabetização de crianças em salas de aula com 40, 50 alunos se torna algo praticamente inviável, e é exatamente isso que vai se aprofundar com a medida de Sartori. Segundo o próprio sindicato dos professores (CPERS), a medida não foi feita mediante consulta à categoria.

Ainda de acordo com o governo, a medida vai diminuir gastos nos cofres públicos, mas não há projeção correta de quanto exatamente seria economizado. Quando confrontada com o anúncio da abertura de 3 novos presídios, essa medida toma um caráter ainda mais alarmante. Precariza-se a educação para se prender mais gente.

A justificativa, dessa vez, é combater a superlotação no sistema carcerário. Três novos presídios serão construídos em Viamão, Alegrete e Charqueadas, sendo este último uma unidade federal.

As duas notícias juntas por si só são escandalosas. Elas escancaram bem o que vem sendo a política de Sartori desde o início do mandato: descarregar a crise econômica nas costas da população e poupar os ricos. Com isso, o governo oferece como saída para a população mais pobre que evade da escola, em sua grande maioria negra, o presídio. Com o aumento crescente do desemprego, esse quadro se torna ainda mais escandaloso. Para isso ele acaba punindo todo o sistema de educação pública do estado, os alunos e professores em especial, tendo efeitos devastadores a curto, médio e longo prazo.

A ideia, parece, é enterrar de vez a educação pública para poder salvar os grandes empresários do estado e honrar com a dívida pública que a união exige.

 
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