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OPINIÃO
Condenam Cabral para livrar Pezão, Farsa-Jato é cortina de fumaça da corrupção capitalista
Jean Barroso
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Depois do show de horrores no Tribunal Superior Eleitoral, liberando Temer e Dilma da cassação do mandato, em defesa da manutenção dos mesmos esquemas corruptos de sempre, um tal juiz dos 15 minutos de fama, que talvez já esteja virando subcelebridade da política nacional, condenou Cabral a 14 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. 14 anos não chega ao dobro de tempo em que Cabral esteve à frente do governo estadual do Rio de Janeiro e levou adiante um grande esquema de corrupção que enriqueceu empresas capitalistas, superfaturando obras de empreiteiras e dando isenções fiscais bilionárias.

Apesar do pequeno espetáculo midiático com a condenação, o braço direito do ex governador, Luiz Fernando "Pezão", segue mais protegido que delator premiado. Junto com Picciani que já foi citado em delações e segue comandando os ataques aos servidores e ao povo pobre do Rio, Pezão deve comemorar cada sentença contra Cabral, já que não é uma sentença contra ele mesmo. Mesmo depois de seu nome ser citado em delação de Ricardo Saud, que negociou diretamente com Cabral o pagamento de 20 milhões à campanha de Pezão, em troca de uma fábrica em Piraí, cidade de Pezão aliás.

Saud, em sua colaboração com a justiça, fez questão de livrar Pezão dizendo que não sabia de nada, apesar de outros 7,5 milhões em propina envolvida na mesma troca ter ido para Hudson Braga, subsecretário de Pezão quando este era secretário de obras de Cabral. A justiça investigou? Óbvio que não, a justiça mantém todo o legado de Cabral, por exemplo quando permitiu hoje a expropriação dos agricultores do Porto de Açu, outra obra que cheira à podridão, encomendada por Eike Batista à Cabral, na qual os agricultores foram expulsos de suas terras pelo governo do Estado. E ela faz isto porque é uma justiça de classe, a mesma que encarcera a juventude negra e libera o policial assassino, mantendo quatro em cada dez presos sem direito a julgamento.

Se depender desta justiça que vergonhosamente liberou Temer, e deu um presentão pela delação de Joesley Batista, Pezão vai seguir seu plano tranquilo, já tendo aprovado o aumento de alíquota dos servidores, iniciando nesta semana as negociações para a privatização da CEDAE junto ao BNDES, aprovando o plano de ajuste fiscal de Temer e negociando um teto de gastos que vai acabar com a saúde e a educação do Rio de janeiro, enquanto por baixo dos panos cancelou a matrícula de 33 mil estudantes da rede pública e fechou centenas de turmas. E teve boatos de que ele ainda estava na pior...

Pezão só não se dá ao trabalho de comemorar por Cabral não fechar nenhum acordo de delação premiada, afinal é um pouco óbvio que esta nunca vai sair. Não enquanto Pezão conseguir comandar os ataques contra os servidores e a população, aplicando o plano de ataques do governo Federal, enquanto não existe nenhuma alternativa de governo para a burguesia fluminense com mais legitimidade para assumir o "manche". O Juiz que assinasse esse acordo estaria colocando um ponto final em sua carreira.

De dentro da Assembleia Legislativa que virou um verdadeiro quartel, com grades, os "caveirões" utilizados para invadir as favelas do Rio assassinando os pobres e os negros, além da proteção da Força Nacional; os planos de ataques de Pezão são aprovados um à um enquanto bombas são lançadas contra os trabalhadores e a população do lado de fora. O Brasil é o país que a justiça tarda, falha, oprime e encarcera o trabalhador enquanto os políticos continuam roubando e utilizando o estado para beneficiar bilionários corruptos como Joesley Batista, livres para passear nas ruas da quinta avenida em Nova Iorque, aonde é dono de um apartamento de 30 milhões.

Por isto, só com a mobilização dos trabalhadores e nenhuma confiança nesta justiça corrupta usada para reprimir as nossas manifestações é que pode ser possível dar uma resposta para a crise do estado do Rio de Janeiro, que só afeta os trabalhadores e os mais pobres enquanto uma dívida pública segue sendo cobrada injustamente para beneficiar os banqueiros com os quais o sucessivos governo foram adquirindo empréstimos para pagar as obras faraônicas e superfaturadas das empreiteiras, sem contar as bilionários isenções fiscais que Temer agora exige que seja paga com o suor dos servidores, a privatização da CEDAE e o congelamento de verbas da saúde e educação.

Por juris populares para as escancaradas denúncias de corrupção que ninguém investiga, uma constituinte livre e soberana para eliminar os corruptos do poder e que sejam eleitos novos representantes para decidir uma saída para a crise nacional. Nós do MRT defendemos o não pagamento da dívida pública e a expropriação e estatização sob controle dos trabalhadores de empresas que tanto lucraram com o dinheiro público como a JBS, ODEBRECHT e as beneficiárias de tantas isenções fiscais.

 
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