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LAVA JATO
Amigo de Temer tenta destruir provas e é pego pela PF
Barbara Tavares
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Em operação de busca e apreensão realizada no apartamento do coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, a Polícia Federal encontrou e confiscou documentos rasgados que continham informações sobre uma reforma na casa de uma das filhas do presidente Temer.

Foram encontrados também documentos que apontam que o coronel aposentado controlava ou pagava despesas de Temer. Um dos papéis apreendidos é a nota de um aparelho de telefonia adquirido para Temer em 1998.

Os papéis rasgados estavam sobre uma mesa de trabalho para serem descartados. Lima estava na sala quando os documentos foram achados e mostrou um ar de irritação e contrariedade durante a ação, segundo a polícia federal.

A busca no apartamento do coronel Lima, no bairro do Morumbi em São Paulo, ocorreu na manhã do dia 18 de maio, como parte da Operação Patmos, a mesma que levou à prisão Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves.

Lima Filho é um antigo e fiel aliado do presidente, e está sendo cogitado como suposto laranja de Temer. Ricardo Saud, da JBS, um dos executivos delatores da Lava-Jato, afirmou ter mandado entregar para ele 1 milhão de reais, dos 15 milhões de reais que o grupo doara para o caixa dois de Temer em 2014.

Os rasgos nos papéis foram feitos, segundo informações, aparentemente com régua, nos sentidos horizontal e vertical da folha, e sugerem, na interpretação dos investigadores que participaram da operação de busca, a intenção de destruir a documentação, ou seja, o objetivo era destruir provas.

Destruição de provas é considerada pela Justiça um crime grave e pode ser uma justificativa prevista para decretação de prisão. Foi sob essa premissa, por exemplo, que a Justiça mandou prender outro aliado de Temer, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, na terça-feira da semana passada (6).

A Procuradoria-Geral da República, segundo informações, não pediu a prisão de Lima Filho por julgar que nesse primeiro momento seria pouco estratégico. A decisão vai de acordo com a já conhecida atuação seletiva e parcial da polícia federal.

O conjunto de folhas rasgados somava, ao todo, pouco mais de vinte páginas, que foram remontadas pelos investigadores, como um quebra cabeça, para permitir a leitura do conteúdo dos documentos, que permanece em sigilo.

 
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