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GREVE GERAL DIA 30/06
4 ideias para organizar a greve do dia 30 de junho no seu local de trabalho
Felipe Guarnieri
Diretor do Sindicato dos Metroviarios de SP

Você que é trabalhador e está indignado com as reformas Trabalhista e da Previdência, está inconformado com a corrupção de Temer e dos políticos, e por isso quer que pare tudo nesse país na Greve Geral do dia 30, confira essas dicas de como organizar com seus colegas de trabalho, familiares, amigos e vizinhos, greves no seu e em cada local de trabalho.

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No dia 28 de abril, os trabalhadores tiveram uma primeira experiência de uma greve geral que parou o país. Isso só foi possível porque a classe trabalhadora colocou toda a sua força para parar os transportes, as aulas, os bancos e muitas fábricas. Tamanho feito mostrou força social dos trabalhadores e sua capacidade de dar uma saída política nacional perante os ataques aos direitos trabalhistas e da previdência, e as condições de vida da população.

O país convive nesse momento com uma crise entre os "de cima", um jogo de interesses de distintos partidos como o PSDB, PT e PMDB, a Globo, políticos corruptos e juízes autoritários. Todos estes são porta-vozes dos interesses dos ricos empresários e banqueiros, dos capitalistas, de modo que "trabalham" cotidianamente para tornar eterno seus privilégios e lucros nesse regime político corrupto. Contudo a crise aberta e a falta de um novo nome que “unifique” todos esses setores da elite abre maior espaço para a ação política dos trabalhadores e para um saída de completa ruptura e enfrentamento com o regime político atual.

Para isso é fundamental que a greve marcada para o dia 30 seja ainda maior que o dia 28, e que os trabalhadores tomem essa luta em suas mãos, impedindo os ataques e lutando pelos diretos sociais, trabalhistas e de uma vida digna. Por isso desenvolvemos 5 pontos para ajudar a organizar a luta, porque não aceitamos morrer de trabalhar:

1 - Assembléias de base!

As assembleias são a forma mais democráticas para tirada de decisões em uma categoria, muitas centrais sindicais não chamam assembleias e dirigem todas as ações “por cima” sem permitir que cada trabalhador se expresse e seja sujeito das decisões. Ora, mas o papel dos sindicatos é justamente de servir à organização dos trabalhadores, assim é necessário superar essas praticas burocráticas que freiam a luta.

Nesse momento organizar cada categoria contra as reformas realizando assembleias que pensem um calendário e um plano para preparar e massificar a luta, onde permita que cada pessoa seja sujeito e expresse suas reflexões e propostas.

As grandes centrais sindicais, CUT e CTB precisam chamar assembleias abertas, onde todos falem, não só os diretores dos sindicato, para que se expresse os interesses da base das categorias. Uma vez que essas centrais petistas vem organizando ações de luta para atender aos interesses eleitorais do PT. E por sua vez, a Força sindical, entidade que apoiou o golpe e é diretamente patronal ligada a FIESP, esta sendo obrigada pela sua base a se mover e é preciso eu ela se expresse.

Junte-se com seu colega de trabalho e não pense duas vezes em exigir do seu sindicato a cumprir a função dele, chamar uma assembleia, não aceitando um Não como resposta, para que sua categoria possa discutir como fazer para parar tudo.

2 - Comitês de mobilização para tomar a luta nas nossas mãos!

Para que os trabalhadores possam verdadeiramente ter autonomia e serem sujeitos da sua própria organização para a luta. Principalmente quando o sindicato não se move ou boicota as iniciativas de organizar a paralisação, os comitês de mobilização são a principal forma que dezenas, centenas de trabalhadores no seu serviço podem se reunir para decidir como fazer para garantir que estejam de braços cruzados no dia 30 de Junho se enfrentando com o patrão dentro e fora do trabalho, derrubando Temer e as reformas.

Os comitês podem organizar cada ação, e avançar nas reflexões políticas, não deixando a luta nas mãos de centrais sindicais que não querem derrotar verdadeiramente as reformas e Temer, mas sim atuam com uma logica de pressão ao parlamento e barganha. Os trabalhadores, por sua vez, tem força para derrotar os ataques e não tem nenhum interesse em manter esse regime podre.

Os comitês são assim um espaço para tomar as lutas nas nossas mãos, e avançarmos em como superar as direções burocráticas.

Podemos ter como política desde de diversos comitês que forem se formando uma exigência e pressão às centrais sindicais e demais sindicatos do país que convoquem suas assembleias de base e construam comitês, para organizar ainda mais trabalhadores e massificara a luta, sem que ela fique presa ao calendário “lento” das centrais.

3 - Campanha pela greve geral do dia 30 com panfletagens e intervenções, junto a população!

Os trabalhadores são os únicos que realmente defendem hoje os interesses de toda a população que sofre com a pobreza, os ataques e a precariedade da vida. Sabemos que a grande maioria da população também está contra Temer e suas reformas, de modo que o golpista tinha 4% de aprovação antes de toda escândalo com a delação da JBS envolvendo ele na corrupção das empresas dos capitalistas. Conversando com nossos amigos, colegas de trabalho, familiares e vizinhos, ou mesmo com companheiros de viagem nos ônibus, vemos que há muito descontentamento com a Reforma Trabalhista e da Previdência.

Se isso é verdade, podemos convencer toda a população que é a nossa luta a resposta para esses ataques, e não Temer ou alguém que o substitua via eleições indiretas ou diretas, pois, como já dissemos, será somente uma mudança do jogador que está jogando e não mudará as regras do jogo. O real problema do país são os patrões que não querem pagar com seu lucro pela crise que eles mesmos criaram, e não a população que sofre cada vez mais.

Em especial as categorias que tem relação direta com a população, como motoristas, metroviários, carteiros, servidores públicos, professores, profissionais da saúde, podem pensar ações que se direcionem a toda a população. Já vimos no dia 28 de abril o grande apoio popular dado à greve.

Portanto panfletando nos terminais, no metrô, nos bairros, nas escolas, realizando intervenções das mais variadas possíveis. Parte disso tem por objetivo dialogar com as categorias que não puderam paralisar na primeira greve geral, dividindo com esses companheiros nossas experiências de mobilização para que também possam leva-la para o seu próprio serviço e pressionarem também o seu sindicato.

4 - Esquerda Diário está a serviço do trabalhador para denunciar seu sindicato que não está construindo a greve.

Nós do Esquerda Diário é uma mídia independente, construída por trabalhadores e jovens do MRT e para servir à luta do trabalhador. Colocando toda a força militante e de ideias para construir a Greve Geral para derrotar Temer e as Reformas.

A articulação entre assembleias, comitês e uma política voltada a massificar a greve e ganhar apoio popular, é a base para os trabalhadores se colocarem como sujeitos políticos que podem responder a crise, tirando ela das mãos de políticos, juízes e empresários corruptos, que só pensam em manter seus privilégios em cima dos diretos da população. Defendem o direito de uma minoria.

A força dos trabalhadores organizados pode superar suas direções rotineiras e atrelada a interesses políticos dos partidos políticos que hoje governam o país, e atacam a população. Mais claramente a Força Sindical, ligada a Paulo Skaf. Mas a CUT e CTB apoiando Lula também não colocam uma perspectiva de rompimento completo com esse regime, Lula governou e governaria junto a esse mesmo regime podre, e não esquecemos que em seu governo ele se vangloriava de ter feito bancos lucrarem como nunca. Na pratica tentou o impossível, que é unir os interesses dos capitalistas com dos trabalhadores.

Defendemos uma constituinte livre e soberana para revogar todos os ataques, que seja uma ferramenta política imposta pela luta, onde se choque os interesses sociais dos trabalhadores e da população contra os interesses das elites e capitalistas. Defendemos que essa constituinte mude todas as leis, expropriando as empresas, instaurando jornada de trabalho de 6 horas por dia, para acabar com o desemprego. Acabando com o privilégio dos políticos e juízes. Em suma, que se enfrente com o regime podre atual.

Defendemos essas idéias e chamamos a todos a tomar o Esquerda diário como instrumento de denuncia e de difusão das ideias e ações para a construção da greve no dia 30.

 
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