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TRABALHO PRECÁRIO JUVENTUDE
Reforma Trabalhista e a miséria à juventude "se nada dar certo"
Tatiane Lopes
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Jovens, os que mais sonham, planejam e esperam do futuro. Também são os mais assassinados, mais desempregados e superexplorados no mundo do trabalho precário e informal hoje no país.

Na mesma semana em que alguns jovens, ilustres representantes de uma minoria parasitária e preconceituosa da elite brasileira participaram de uma “brincadeira” humilhante contra os que trabalham, os golpistas avançam para garantir que nada dê certo para a outra parte, a maioria dos jovens brasileiros, telefonistas, atendentes, porteiros, garis, ambulantes, babás, empregadas domésticas e tantos outros que entregam sua energia ao trabalho que enriquece “os que deram certo” sem esforço.

Os golpistas prometem que o projeto da reforma trabalhista será votado ainda este mês no Senado. Um dos pontos dessa reforma versa exatamente sobre o tipo de trabalho mais popular entre os jovens da vida real e de que mais tem nojo a elite racista, o trabalho precário. Com a desculpa de que é preciso modernizar as relações de trabalho e com a hipocrisia aberrante que inventa preocupação com o aumento da informalidade a burguesia representada pelos golpistas, os que querem ajustes contra os trabalhadores para continuar enriquecendo fácil, os que “deram certo”, trabalham duro (para isso eles trabalham!) para tornar o trabalho precário informal, ultra precário, mas formal.

Eles querem colocar nossa miséria no papel, querem regulamentar nossa exploração, legalizar nossos riscos de acidente, formalizar nossa angústia pelo medo da demissão caso a meta não seja batida. Verdadeira modernidade da idade da pedra, onde não haja lei que impeça que trabalhemos mais de 44h semanais e até morrer, já que também não querem nos deixar aposentar e que o trabalho temporário alcance os limites da ausência de direitos.

Me lembro bem do professor de geografia, daqueles que cativavam a sala com atividades dinâmicas, já há anos pessimista, dizia que nossa geração não saberia mais o que é aposentadoria, que os tempos de “modernização” chegariam depressa. É verdade professor, veio a crise e os capitalistas se desesperam para não pagar a conta, deram um golpe, sustentam um semi-governo por um fio em nome de suas intocáveis reformas, querem nos estrangular. Mas professor, nós também mostramos que não vamos aceitar calados, junho de 2013 não era possível até que aconteceu e agora os trabalhadores entraram no jogo, fizemos juntos greve geral, paramos o país e o faremos de novo no dia 30 de junho.

“Se nada der certo” para eles, os golpistas e toda a irmandade pelas reformas, nós tomaremos essa luta em nossas mãos e mesmo contra a vontade das burocracias sindicais com seus interesses mesquinhos faremos história para transformar nosso futuro de sonho em realidade e deixar a miséria pra trás.

 
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