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PARTIDO DA TOGA
Judiciário tem provas, convicções e condenações conforme a política, o dinheiro e a raça
Lara Zaramella
Estudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

Na semana do julgamento que pode levar à cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais uma vez o poder judiciário está no centro da situação política nacional. E, mais uma vez, fica clara sua arbitrariedade e empenho em garantir as reformas.

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A cada delação premiada feita por políticos e empresários que mostram a podridão do regime. A cada "Rafael Braga" preso, a cada "Joesley" aproveitando Nova York com suas malas de dinheiro, fica mais evidente como o judiciário do país é brutalmente arbitrário interpretando as leis de acordo com seus interesses políticos, ligado a empresários e manutenção de privilégios a eles mesmo e a políticos.

Uma casta de juízes cheios de poderes, que ninguém elegeu, e que têm seus luxos sustentados às custas do dinheiro da população, prendem jovens negros, como Rafael Braga enquanto empresários corruptos, como Joesley, não só estão livrem, mas gozam de "boa vida" no exterior, fruto de lucros ganhos em cima de milhares de trabalhadores.

Entre provas e “convicções”, julgam e condem conforme a política, o dinheiro e a raça dos réus. No atual processo aberto de cassação da chapa Dilma-Temer, o judiciário mostra todos seus interesses em garantir que as reformas sejam implementadas. Ao que tudo indica Temer deve se manter, justamente porque ainda esta nas suas mãos a tentativa de implementação das reformas.

O judiciário já demonstrou ter as tais provas e convicções de acordo com os interesses políticos do momento. Conforme o andamento das reformas e a estabilidade política, o judiciário dá continuidade ou não às condenações. Permitiu que Renan seguisse presidindo o senado, apesar de diversos indícios de um vasto histórico de envolvimento em escândalos de corrupção.

O judiciário também esperou o impeachment de Dilma para cassar Eduardo Cunha, garantindo o golpe institucional para caçar o presidente da câmara, e depois usou a condenação deste, para tentar passar um perfil de "fazedores de justiça".

Agora, em meio ao julgamento que envolve o presidente golpista Temer, essa arbitrariedade pode dar as caras, como de costume, apontando, desta vez à não cassação da chapa Dilma/Temer->http://www.esquerdadiario.com.br/TSE-tende-a-nao-cassar-Temer-afirmando-a-arbitrariedade-e-apoio-as-reformas]. Ou condenando apenas Dilma, tornando-a inelegível, e garantindo impunidade a Temer, às custas dele garantir as reformas.

O judiciário "tem provas" de acordo também com o dinheiro do suspeito, arbitrando no julgamento e na condenação, como é o exemplo do mais recente caso de Joesley Batista, da JBS. Ainda que existam provas contra ele, o empresário está em Nova York gozando de sua liberdade..

Sabendo que o empresário não só esteve envolvido nos casos de corrupção, como a sua empresa JBS sofre milhares de ações trabalhistas, por explorar os trabalhadores e obrigar eles a trabalharem em situações precárias. Ao mesmo tempo que produz um alimento de baixa qualidade à população.

No que diz respeito e envolve diretamente a população brasileira, fica claro que o judiciário tem provas e condena conforme a raça. Enquanto mais de 60% dos presos no Brasil são negros, 40% da população carcerária ainda espera por julgamento atrás das grades. Além disso, casos de presos como Rafael Braga, condenado a 11 anos de prisão por portar um pinho-sol, deixam claro que, em relação à “justiça”, não dá para ter expectativas. A justiça, além de seletiva, é burguesa, patronal e racista.

 
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