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CORRUPÇÃO E O GOLPE
Joesley da JBS pagou a marqueteiro para ajudar no golpe que colocou Temer na presidência
Redação

Publicitário Elsinho Mouco afirmou em sua delação que Joesley Batista o contratou com dois objetivos: eleger seu irmão para a prefeitura de Goiás e derrubar Dilma do governo federal.

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Na delação de Joesley Batista o nome do publicitário Elsinho Mouco veio à tona: o dono da JBS afirmou que ele teria recebido R$ 3 milhões em propina da empresa na eleição de 2010 e R$ 300 mil em 2016 a pedido de Temer.

Agora, Elsinho Mouco falou ao jornal O Estado de S. Paulo. Ele disse que em maio de 2016 foi contatado por Joesley que o contratou para monitorar as redes sociais com o objetivo de delinear a estratégia do PMDB para blindar Michel Temer. Segundo Elsinho, foi então que Joesley afirmou o objetivo de levar adiante o impeachment: "vamos derrubar essa mulher", o empresário teria dito.

A parceria de Elsinho com o atual presidente golpista é antiga: desde 2002 atua como marqueteiro dele, escrevendo discursos, bolando campanhas e slogans. É dele a co-autoria até mesmo do plano de governo de Temer, o "Ponta Para o Futuro".

Já com os donos da JBS, a parceria começa em 2009, quando foi contratado para dirigir a campanha publicitária do irmão mais velho de Joesley, conhecido como "Júnior Friboi", quando esse concorreu ao governo de Goiás, em 2010.

Chamado novamente para conversar com o empresário em maio de 2016, Elsinho Mouco relata que o empresário queria falar sobre Dilma: “Para minha surpresa, ele chamou Dilma de ingrata, grossa e incompetente. E disse: ‘Temos que tirá-la’”, lembrou.

A conversa foi sobre como Joesley faria parte da campanha pelo golpe institucional para tirar Dilma do governo. Elsinho relatou ao Estadão: “Em 2016, empresários, sindicatos patronais, movimentos sociais (MBL, Vem Pra Rua, Endireita Brasil, etc), muita gente queria o impeachment da Dilma. Uns contrataram carro de som, outros contrataram bandanas, pagaram por bandeiras, assessoria de imprensa. Teve gente que comprou camisa da seleção brasileira e foi pra rua. O Joesley estava nessa lista. Ele se ofereceu para custear o monitoramento digital nesta fase”.

Elsinho ainda disse que Joesley não queria emitir nota do serviço para "não deixar digitais" no impeachment. Ele afirmou que contratou uma empresa de monitoramento digital por R$ 200 mil, com a função de monitorar nas redes os movimentos pró-impeachment, a fundação Ulysses Guimarães (ligada ao PMDB) e o próprio PMDB.

Segundo o publicitário, a próxima conversa com Joesley seria cinco meses depois, quando ele disse a Elsinho que desde a queda de Geddel Vieira de Lima estava sem entrada no governo. "Ele queria um cúmplice", disse Elsinho.

 
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