A versão policial completamente absurda de que a chacina em Pau D’Arco teria sido um "confronto" entre os camponeses que ocupavam a fazenda Santa Lúcia é desmentida pelos fatos a cada dia. Além de não haver um policial com um arranhão, o primeiro testemunho depôs contra a polícia afirmando que após tortura e execução os policiais comemoraram.
Outro testemunho de sobrevivente também relatou a ação policial, de tortura e execução. Deu detalhes sobre a chegada da polícia e o que disseram: "Olha o que a gente faz com bandido", antes de executar. Ao entrar na fazenda os policiais disseram "não corre senão morre", e depois o sobrevivente ouviu seus companheiros chorando e dizendo "tá, tá, não vamos correr". Os policiais tiraram um sarro da cara deles antes de matá-los, dizendo: "porque vocês não correram também?”
Representantes da Associação dos Delegados Polícia do Pará (Adepol) estão defendendo os policiais: "Estão invertendo as coisas. Os policiais foram recebidos à bala, atiraram em legítima defesa, apenas reagiram contra a ação do grupo. Eles estavam lá para dar cumprimento à reintegração de posse".
O relatório da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará divulgou as características da morte de Hércules Santos de Oliveira que demonstram claramente que houve execução: foram dois tiros à queima-roupa na altura do peito.
Basta de chacinas de sem-terras e camponeses pobres! Chega de impunidade para latifundiários e seus capangas!
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