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DÓRIA E A BARBÁRIE CAPITALISTA
Ação de Dória da Cracolândia foi uma barbárie, afirma Conselho de Psicologia
Redação

As entidades também classificaram a ação do prefeito como um passo atrás em toda a luta antimanicomial.

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O Conselho Federal de Psicologia e o Conselho de Psicologia do Estado de São Paulo assinaram uma nota conjunta onde classificam a operação na Cracolândia como um ato de "barbárie" e "atrocidade".

A violenta ação militar de desocupação da área central da cidade de São Paulo, conhecida como Cracolândia, ocorreu neste domingo (21). Cerca de 900 policiais militares foram mobilizados para a operação onde, além de reprimir os presentes, fecharam abrigos e espaços de apoio e assistência aos muitos frequentes da região e também internou, de forma forçada, alguns indivíduos que estavam no local.

A repressão de Dória está ligada a um projeto de reurbanização da Cracolândia e reabilitação dos usuários de crack paulistanos. Chamado de Redenção o programa, que inclui internações dos dependentes químicos, prevê a permissão de trabalho apenas para aqueles que se comprometerem a fazer o tratamento de desintoxicação (via internação) através do programa do governo do Estado chamado Recomeço, sob autoria da gestão Alckmin.

Os Conselhos repudiaram fortemente a postura repressiva da prefeitura de São Paulo, sob mando de João Dória, junto ao programa de reabilitação dos dependentes químicos proposta pela esfera municipal e estadual. Para as entidades os programas são um passo atrás nos mais de 30 anos de luta antimanicomial.

"A ação afronta os 30 anos de história da luta antimanicomial no Brasil, recém-celebrados em 18 de maio, e os princípios internacionais dos direitos humanos. A violência policial ostensiva foi o expediente utilizado para promover a remoção e a internação forçadas da população em situação de rua que habitava a área do centro de são Paulo conhecida por ’Cracolândia’", afirma a nota.

Continua: "Esse ’novo programa’ repete fórmulas ultrapassadas, inadequadas e ineficientes do ponto de vista da saúde mental. Repete o ’Programa Recomeço’, do governo estadual, e a ’Operação Sufoco’, da gestão municipal. As três iniciativas têm como princípios o tratamento por internação, inclusive involuntária, em parceria com comunidades terapêuticas mantidas por entidades confessionais, não sendo coincidência o nome ’Redenção’.

Tratando de forma punitiva, a prefeitura se apoia na blindagem criada mídia de prisão de traficantes para trancafiar e perseguir pessoas que se encontram em uma situação de marginalização social. Retiram do foco a responsabilidade pública da situação em que se encontram esses indivíduos e optam por descartar anos de pesquisas, debates e experiências de especialistas na área de saúde pública antimanicomial para implementar um projeto político em que instituições privadas receberão fortunas para esconder e não tratar os usuários de drogas.

 
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