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Entrevista com a Companhia de Teatro Heliopolis
Fábio Nunes
Vale do Paraíba

Sutil Violento e outras tragédias.

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Fabio Nunes - Eu sempre peço para o entrevistado se apresentar

Miguel Rocha (diretor e fundador da Companhia de Teatro Heliópolis)

A Companhia de Teatro Heliópolis surgiu no ano 2000, reunindo jovens da comunidade, sob direção de Miguel Rocha, com o objetivo de montar o espetáculo A Queda para o Alto, baseado no romance homônimo de Sandra Mara Herzer. Entre a primeira peça e os trabalhos mais recentes, foram 17 anos de conquistas, dificuldades e aprendizados. "O teatro que optamos por fazer está em sintonia com nossas vidas, em profunda conexão com elas".

Fabio Nunes - Fale sobre o espetaculo Sutil Violento

Miguel Rocha - A encenação de Sutil Violento inicia com um frenesi cotidiano, as pessoas correm. Não param. Mal se percebem. Desviam umas das outras, em alguns momentos se esbarram e, em átimos de atenção, reparam que há outros tão próximos e tão parecidos (ou tão diferentes?). Ali, logo ali, há um corpo caído no chão. Será um homem ou um bicho? Apenas se cansou ou não respira mais? Queria comunicar algo, mas será que conseguiu? Um olhar mais atento ao entorno começa a revelar abusos, agressões, confrontos e opressões diárias: formas de coerção privadas ou públicas. Sutis violências do nosso tempo; tão sutis que se tornam invisíveis, naturalizadas.

O espetáculo aborda o tema microviolência por meio de uma estrutura fragmentada, tanto na cena quanto no texto. A dramaturgia é composta por um conjunto de elementos: ações físicas, movimentos, música ao vivo e texto. Não há personagens com trajetórias traçadas, mas “figuras” cujas relações com o contexto social em que vivem estão em foco, a exemplo da mulher que é silenciada e do jovem que usa sapatos de salto mediante olhares atravessados. “As microviolências se revelam a partir dessas relações que se estabelecem entre essas pessoas e a sociedade”.

Fabio Nunes - A repressão e a censura continuam firmes e fortes.

Miguel Rocha - Vivemos momentos difíceis no Brasil, um verdadeiro retrocesso no País.

Fabio Nunes - João Doria ataca profundamente a arte e a cultura.

Miguel Rocha - Lamentável que o prefeito não enxergue a importância da arte e da cultura, promovendo cortes e congelamentos de verbas antes destinadas a essas áreas.

Fabio Nunes - Vivemos uma forte crise econômica e política. A direita avança e a classe trabalhadora tenta responder à altura os ataques. Qual o papel da arte neste barulho todo?

Miguel Rocha - O papel da arte é provocar e lançar novos olhares sobre as questões.

 
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