A área de 486 mil hectares equivale a 4.860 km². A unidade do Jamanxim, ainda que protegida, tem sido um dos principais alvos de desmatamento em toda a Amazônia. É extremamente relevante para a região, porque faz a conexão das áreas protegidas do Rio Xingu com a Bacia do Tapajós.
Sob a justificativa de uma suposta necessidade de associar o desenvolvimento econômico da região com a exploração da Amazônia, os deputados entregaram mais uma parte da floresta para ser comprada, vendida, desmatada e destruída em prol de interesses privados. Além disso, uma emenda incluída de última hora no texto reduziu 10.400 hectares do Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina.
Agora o texto da MP segue para o plenário do Senado, sem passar por comissões. Ele precisa ser votado até 29 de maio, data em que a MP vence. Se for aprovado, tem mais 30 dias para seguir para sansão presidencial.
Os deputados têm pressa em atender as necessidades do agronegócio local e legalizar a entrega de mais uma parte da floresta pública, em uma região onde o desmatamento só cresce. Transformando a floresta nacional em outro tipo de unidade, os deputados permitem ainda mais exploração e destruição.
Além disso, o ano de 2017 vem sendo marcado mais uma vez pela violência no campo, resultando na morte de dezenas de sem-terra e indígenas que lutam pela terra. A decisão dos deputados vai no sentido de agravar esta situação.
Com informações da Agência Estado
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