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#OCUPABRASÍLIA
Vamos pra Brasília exigir comitês de base e nova greve geral
Diana Assunção
São Paulo | @dianaassuncaoED
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O chamado das centrais sindicais a organizar uma semana de ocupação de Brasília precisa ter um conteúdo claro. Não pode ser para fazer pressão parlamentar ou "mostrar serviço" movimentando apenas as direções sindicais. É necessário encarar a marcha para Brasília como parte de um plano de luta efetivo, pela base, para realmente derrotar as reformas e o governo golpista de Temer.

É por isso que viemos exigindo medidas concretas pra uma marcha com mais de 100 mil em Brasília, para o qual é necessário que as centrais sindicais organizem milhares de ônibus em todos os estados do país e deem as condições necessárias para que trabalhadores e jovens possam engrossar essa manifestação.

O Brasil mudou após greve geral de 28 de abril, quando a classe operária entrou em cena e começa a considerar que é possível derrotar essas reformas. Isso dá sinais de que é possível uma retomada do protagonismo da classe trabalhadora no processo político, o que também chamamos de recomposição da subjetividade dos trabalhadores A instabilidade do governo Temer, pressionado por todos os lados, e as novas fases da Operação Lava-Jato também marcam essa conjuntura, de crescente descrença nos políticos tradicionais. Ainda assim, o PT e Lula, rumo a 2018, conseguiram se fortalecer depois do depoimento em Curitiba, sempre com o objetivo de canalizar a energia de luta dos trabalhadores em mero apoio parlamentar, em um projeto que já mostrou que não corresponde aos interesses dos trabalhadores e da população.

Sem nenhuma confiança nas grandes centrais sindicais como CUT, CTB e Força Sindical, devemos batalhar pra construir uma ala neste movimento de luta contra as reformas, uma ala que exija fortemente um plano de luta concreto e por isso uma nova greve geral, desta vez maior, de 48 horas e para isso milhares de comitês em todo o país reunindo trabalhadores e jovens pra tomar a luta em suas mãos. O desenvolvimento da auto-organização dos trabalhadores é decisiva para os rumos da nossa luta. As direções das centrais são burocráticas, querem decidir tudo por cima e além disso tem outros objetivos: buscam negociar reformas "menos piores" e defendem a governabilidade, ou seja, não querem que Temer verdadeiramente caia sob a ação das massas.

São estas direções que tampouco querem atacar os lucros capitalistas para melhorar a vida da população pobre. Para isso, é necessário defender o não pagamento da dívida pública, destinando todo o dinheiro pra saúde, moradia e educação, serviços que devem ser estatizados e estar sob controle dos trabalhadores e usuários. E proibir as demissões de imediato, anulando as medidas do governo Temer de ataques a nosso emprego, aposentadoria e salário. Estas poderiam ser algumas medidas, por exemplo, levadas adiante por uma Assembleia Constituinte imposta por esta mobilização que vivemos hoje, mudando as regras do jogo e não somente os jogadores, e colocando sobre a mesa os grandes problemas estruturais do país. Para nós, toda essa luta para derrubar Temer e impor uma Constituinte Livre e Soberana se dá na perspectiva de um governo de trabalhadores de ruptura com o capitalismo.

Por isso vamos construir com toda força nossa ida a Brasília, também chamando o conjunto da esquerda a conformar um polo de independência de classe nesta luta. Em especial o PSOL deveria cumprir um papel de muito maior visibilidade neste processo, colocando todos seus parlamentar a serviço da luta de classes. Nós, do MRT com a juventude Faísca, o Movimento Nossa Classe e o grupo de mulheres Pão e Rosas estamos construindo nossa participação em Brasília com estas bandeiras e convidamos você a ser parte desta luta, para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

 
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