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AUTORITARISMO JUDICIÁRIO
No Brasil da Greve Geral, Justiça proíbe manifestações em Curitiba e reforça medidas autoritárias
Diana Assunção
São Paulo | @dianaassuncaoED

Não podemos aceitar a escalada autoritária do judiciário

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Poucos dias depois da greve geral que parou o país o judiciário está mostrando suas garras autoritárias e repressivas impedindo o direito de manifestação, de reunião, de organização. Precisamos repudiar essas ações. Elas tem como alvo não somente Lula, seu Instituto, o MST e outros movimentos e ativistas que foram a Curitiba mas todo trabalhador que se organiza para lutar contra as reformas de Temer.

Em Curitiba manifestações estão proibidas no entorno do prédio da Justiça Federal, e quem circular pela área será multado em milhares de reais. Estão proibidos os acampamentos ou montagem de palcos em qualquer praça ou rua pois segundo a juíza “havia notícias” de que o MST realizaria ocupações. Haveria notícias, nem prova necessitam. O acampamento do MST sofreu reintegração de posse.

Sem provas, o juiz Ricardo Augusto Soares Leite proibiu o funcionamento do Instituto Lula, pois ali podem ter ocorrido planejamento de delitos. O mesmo tratamento não foi dado à Odebrecht que é ré confessa de ter um departamento de propinas. Também não foi feito o mesmo no Palácio do Jaburu onde Temer e diversos convivas se reuniram para planejar como “estancar a sangria”. Alegando que possíveis delitos, sem provas, ali teriam sido planejados, um juiz denunciando pelo Ministério Público Federal por não tomar nenhuma medida contra bilionários sonegadores da CARF tornou ilegal a instituição. O PT e Lula escolheram administrar o capitalismo do país continuando toda a corrupção da elite política nacional, mas o fechamento de suas instituições sem provas é um potencial ataque a todo trabalhador.

Em menos de 48 horas ocorreram graves atentados ao direito de organização e manifestação, que devem ser não somente repudiados, mas vivamente derrotados com a força dos trabalhadores, para derrotar toda repressão do judiciário.

Esse tipo de sentença, a proibição de manifestações agora feita em Curitiba, podem ser tomadas contra alguma greve, manifestação, ou no grande ato em Brasília dia 24 de maio, que está sendo convocado pelas centrais e que precisamos batalhar para que reúna mais de 100 mil e seja um novo marco da luta contra Temer e seus ataques.

Por isso precisamos não só repudiar como derrotar essas medidas reunindo mais de 100 mil em um ato combativo em Brasília e exigindo das centrais sindicais a preparação de uma greve geral até a derrubada de todas as reformas e de Temer. Precisamos tomar em nossas mãos a defesa do direito de reunião, manifestação, como parte da luta pela derrubada das reformas e Temer, erguendo comitês em cada local de trabalho e estudo, que organizem milhares pela base em todo o país.

Com a organização em cada local de trabalho podemos mobilizar uma força muito superior ao histórico dia 28 de abril, superando os limites colocados pelas direções das centrais sindicais. Podemos derrotar os que querem proibir manifestações, arrancar nossas aposentadorias, direitos e empregos. O PT e a CUT não organizaram uma resistência ao golpe e seguem sem marcar uma nova data para uma nova greve geral, pois querem limitar as ações dos trabalhadores a seus objetivos eleitorais. A classe trabalhadora pode derrubar as reformas e Temer, e com essa força podemos convocar eleições não para os mesmos cargos e viciadas regras mas para eleger milhares de deputados constituintes que revoguem todas leis de Temer, re-estatizem sob controle dos trabalhadores cada empresa privatizada por Collor, FHC, Lula, Dilma e Temer, acabe com os privilégios de políticos e juízes, tornando todos elegíveis, revogáveis e que ganhem o mesmo que uma professora. Assim, partindo de questionamento a todo esse regime podre de corrupção, ataques a nossos direitos podemos abrir caminho a que os trabalhadores vejam a necessidade de impor um governo dos trabalhadores de ruptura com o capitalismo.

 
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