Pedro Parente, presidente da Petrobras nomeado por Temer foi a Houston, Texas como vendedor de patrimônio nacional. Declarou que a nova lista de privatizações atingirá também as refinarias. Sem refinarias o país ficará dependente de importações e se especializará em óleo cru. O entreguismo agora rima com desindustrialização.
Como caixeiro-viajante, vendendo por preço de banana os ativos nacionais, Pedro Parente foi à prestigioso OTC - Conferência especializada em tecnologia "off-shore", um dos maiores eventos da indústria de petróleo. Lá anunciou que as refinarias serão entregues. E com toda cara-de-pau falou que isso seria bom para a empresa e para o país, ele afirmou: "Os ativos são mais ou menos os mesmos, mas agora também vamos começar a falar sobre refino. Refino é importante para a Petrobras. Mas acreditamos que não é bom para a empresa nem para o país concentrar 100% do refino na mão de uma única empresa."
Fernando Henrique Cardoso, de quem Parente foi ministro, privatizou a REVAP do Rio Grande do Sul e tentou vender outras refinarias. O resultado foi que a refinaria ficou sem investimento, usada conforme a flutuação do preço internacional do barril. Essa decisão colocará todo o país refem das oscilações do preço mundial e consequentemente quando for mais barato importar do que produzir aqui importar gasolina, diesel, com consequências até mesmo na balança comercial.
O entreguismo de Temer fará o país retroceder décadas na produção de derivados de petróleo. A força mostrada pela classe trabalhadora pode fazê-lo recuar nessas privatizações, bem como em todas reformas. Isso depende da organização dos trabalhadores, por Temer seremos uma república de bananas, ou exportadora de óleo cru.
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