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1º DE MAIO - DIA INTERNACIONAL DE LUTA DOS TRABALHADORES
Por um bloco da esquerda na Av. Paulista pela Greve Geral até derrubar Temer e as reformas!
Felipe Guarnieri
Diretor do Sindicato dos Metroviarios de SP
Marcello Pablito
Trabalhador da USP e membro da Secretaria de Negras, Negros e Combate ao Racismo do Sintusp.

A esquerda deve estar à altura do novo momento instalado no país depois da classe trabalhadora brasileira fazer história no 28A. Não podemos fazer mais do mesmo nesse 1º de maio e falarmos para nós mesmos. Devemos construir um bloco da esquerda rechaçando a proibição de João Dória e exigir na Avenida Paulista que a CUT/CTB e demais centrais sindicais façam um plano de luta real para preparar a greve geral até derrubar Temer e as Reformas!

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Os trabalhadores fizeram história no 28A! As paralisações dos transportes deixaram as ruas e avenidas das cidades vazias, professores pararam escolas municipais, estaduais e até mesmo privadas. O comércio fechou as portas, agências bancárias não abriram, nos Correios também os trabalhadores cruzaram os braços. Na indústria, fabricas pararam em vários estados no Brasil, os portos de Santos e do Rio de Janeiro também não funcionaram. Uma greve geral que levou ao desespero a direita que não conseguiu esconder a enorme adesão dos trabalhadores nas mais diversas categorias (assim como o imenso apoio popular) mesmo com a ajuda da mídia mentirosa, como a TV Globo que tentava a todo custo minimizar as ações dos manifestantes.

Dória em SP levantou a voz, mais até que o próprio governo, assumiu como se fosse ele o presidente, bem provavelmente interessado em 2018, porém seu esquema com a UBER furou, fez muito discurso, chamou os trabalhadores de “vagabundos”, e agora quer proibir o 1º de maio convocado pela CUT/CTB e as Frentes Povo sem Medo e Brasil Popular na Avenida Paulista. Conseguiu uma liminar perante a justiça que determina a aplicação de uma multa de 10 milhões de reais caso o Ato seja realizado. Somada com as declarações do governo, que chamou a greve de “Baderna generalizada”, e que o calendário de aprovação das reformas seguiria sem nenhuma alteração, essas ações mostram que os verdadeiros baderneiros do congresso nacional não darão trégua aos trabalhadores.

A força dos trabalhadores que se expressou no 28A, que poderia ser ainda maior se as direções das principais centrais como a CUT/CTB e Força Sindical chamasse os trabalhadores as ruas e não dissessem apenas para eles ficarem em casa, não pode ser canalizada para uma nova trégua com o governo como foi após o 15m. É importante lembrar que o tempo que as centrais demoraram para chamar uma nova ação permitiu que o governo votasse a Lei da terceirização e a reforma trabalhista no Congresso. Nesse sentido, a esquerda possui um enorme desafio e deve estar a altura desse novo momento para a classe trabalhadora.

Diante desse novo cenário na luta de classes não podemos nos contentar em fazer um 1º de Maio igual ao dos outros anos. Apesar de toda a tradição e história que representa o 1º de maio na Sé, na brutal repressão que teve em 1968 após o sindicalismo combativo não aceitar a festa realizada pelo governo militar, essa memória não pode estar a serviço de fazermos o mesmo script. O que adianta, o PSol, PSTU, Mais, POR, PCB, as intersindicais, a CSP COnlutas e as pastorais operárias fazer um ato na Sé, onde a convocação nem expressa a Greve Geral do 28A e nem chega a citar as reformas, com realização de uma missa, seguida por discursos e palavras de ordem para nós mesmos, porém sem armar lá um grande bloco que vá na Avenida Paulista exigir a CUT/CTB e as Frentes Povo sem Medo e Brasil Popular prepare um verdadeiro plano de luta na avenida Paulista?

Com a censura de Dória ao 1º de maio na paulista, a necessidade de unificar a classe trabalhadora para vencer as reformas de Temer, e os 3 militantes do MTST que seguem presos após o 28ª (sem contar o estudante em Goiânia que segue internado por conta da violenta repressão policial), seremos nós que não batalharemos pela unidade e deixaremos nas mãos dos setores, que estão convocando o Ato na Paulista (com diversos shows por fora de um plano de luta real que arme os trabalhadores), a continuidade dessa luta? Chamamos os setores da esquerda, o MTST e os setores da esquerda que compõe a FPSM, a construção de um bloco em comum na Avenida Paulista para exigir da CUT e da CTB um plano de luta real para vencer Temer, chamando a realização de um Encontro Nacional com trabalhadores eleitos na base para preparar uma greve geral até Temer e as reformas caírem. Essa é a melhor maneira de honrarmos a história de luta do movimento operário, ligando os combates do passado com as batalhas do presente:

PELA IMEDIATA LIBERTAÇÃO DOS PRESOS POLÍTICOS NO 28A!

NÃO A CENSURA E A REPRESSÃO DE DÓRIA AO 1º DE MAIO NA PAULISTA!

QUE A CUT E A CTB, ASSIM COMO AS PRINCIPAIS CENTRAIS SINDICAIS, CHAMEM UM PLANO DE LUTA REAL PARA PREPARAR A GREVE GERAL ATÉ TEMER E AS REFORMAS CAÍREM!

 
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