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BOLSONARO E DINHEIRO PÚBLICO
Bolsonaro usa dinheiro publico irregularmente para viajar pelo país fazendo campanha
Joaquim Ferreira, trabalhador metalúrgico de Contagem

O deputado Jair Bolsonaro do PSC - RJ, aclamado por quase todos os grupos da direita e extrema-direita brasileira, incluindo grupos que se reivindicam fascistas, neonazistas e integralistas, vem utilizando de forma indevida a cota parlamentar destinada a outros fins para custear viagens e hotéis pelo país numa campanha eleitoral informal. Mera coincidência vindo de um deputado que aglutina setores que se dizem defensores da “moralidade” e contra a corrupção? Os números dizem que não.

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Segundo as regras do regimento da câmara dos deputados, as cotas parlamentares não podem ser utilizadas para gastos de carácter eleitoral, porém o conteúdo das falas de Bolsonaro é claramente voltado para a disputa eleitoral de 2018.

Os valores dos reembolsos já ultrapassam cerca de 20 mil em ao menos seis viagens onde o deputado discutiu abertamente a sua intenção de concorrer à eleição presidencial em 2018.

Recife
Em novembro do ano passado, a câmara utilizou dinheiro público para custear uma viajem de Bolsonaro a Recife, em que o deputado foi apresentado como “futuro presidente do Brasil, nosso mito”. Lá em Recife, Bolsonaro cinicamente diz: “vamos ganhar em 2018, porque somos a maioria no Brasil, homens de bem”, embora as pesquisas eleitorais indiquem que o presidenciável defensor de torturadores possui menos de 10% das intenções dos votos.

Boa Vista
Em seguida, Bolsonaro viajou a Roraima junto a um assessor, com as passagens da viagem novamente pagas com dinheiro do povo. Na ocasião, deu uma entrevista sobre o controle de entrada de venezuelanos no Estado e em seguida afirmou: “Não estou em campanha, mas estou me preparando para, se o momento exigir, não ser mais um capitão, mas um soldado a serviço de vocês”, segundo jornal Folha de São Paulo.

São Paulo
Ainda em 2016, Bolsonaro utilizou a verba da câmara, que não pode ser destinada a fins eleitorais, para custear uma viagem à cidade de São Paulo onde o deputado participou de uma entrevista em uma rádio no encerramento do programa “semana dos presidenciáveis”.

Belo Horizonte
Em Belo Horizonte, com as viagens custeadas novamente com dinheiro da câmara, o deputado golpista afirmou que o “Brasil tem jeito”, só “precisa de um capitão”. “Por coincidência eu sou capitão.”

Além das já citadas viagens acima custeadas pela câmara, em várias outras oportunidades, o deputado vem utilizando o espaço deixado pela crise econômica e política para se apresentar como uma via eleitoral neoliberal em 2018, contrapondo aos direitos trabalhistas da população em geral, com exceção dos setores ligados as forças armadas, coincidentemente o setor onde ele próprio se formou profissionalmente.

A possível “campanha eleitoral” informal de Bolsonaro, embora a realidade dos fatos indique que há na prática uma campanha aberta, pode ser uma resposta do deputado golpista para superar a baixa aprovação dele nas pesquisas eleitorais, principalmente após o lamentável posicionamento do deputado nas votações da lei da terceirização, onde haverá uma precarização enorme nas condições de trabalho e vida da população, projeto em que o próprio Bolsonaro não fez questão de votar contra, aumentando ainda mais a desconfiança dos trabalhadores em seu projeto eleitoral. Além disso, em outras ocasiões, o deputado Jair Bolsonaro disse absurdos com relação aos direitos trabalhistas, como ao defender que a mulher deve receber menos do que o homem por ela engravidar, o que contribui para a baixa adesão as suas ideias.

Em sua defesa, o chefe de gabinete do deputado defensor da cultura do estupro, negou que Bolsonaro esteja em campanha ou pré-campanha eleitoral para 2018 e que suas despesas ressarcidas pela Câmara “foram realizadas em consonância com os preceitos legais e regimentais”.

Jair Bolsonaro era um deputado muito secundário na política nacional, com um nicho de seguidores de extrema direita que aplaudia seus discursos de ódio. Com a crise de representatividade dos partidos tradicionais, como PSDB, PMDB e PT, vinculados aos imensos escândalos de corrupção e às prisões da operação Lava-Jato, essa figura nojenta se alçou ao patamar de “salvador da pátria” para pessoas desiludidas com a política tradicional.

Porém, tem se mostrado “mais do mesmo” quando se trata de relações escusas com o dinheiro público e seu discurso de falso moralista tem ficado cada vez mais evidente.

[*Com informações da FSP]

 
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