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FEMINICÍDIO
Mais um feminicídio em Campinas. O primeiro oficialmente registrado
Natalia Mantovan

Uma mulher foi assassinada a facadas por seu esposo na última segunda-feira, 17, em Campinas. O marido foi encontrado na tarde desta quarta-feira, 19, na cidade de São Paulo, portando documentos falsos e prestes a fugir. Ele foi preso.

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Jamily Nayara Paulino era uma jovem mãe de 28 anos, trabalhadora que se dividia entre dois empregos, como atendente e garçonete, e sofria com o ciúme do marido, Carlos Alberto Pachione, de 59 anos, que estava desempregado. O casal tinha um filho de 5 anos, que estaria dopado durante o crime.

O homicídio foi registrado pelo nome correto – feminicídio – um crime de ódio contra a mulher, e foi a primeira vez que isso ocorreu na cidade. O caso chocante da chacina do Reveillon, quando Isamara e mais 11 pessoas de sua família, incluindo o filho e uma maioria de mulheres foram assassinados pelo ex-marido dela e a pronta resposta de importantes setores de mulheres na cidade, que a exemplo da luta iniciada na Argentina, gritaram Nem Uma a Menos em Campinas, assim como o forte ato no dia 8 de março, abriram um precedente para que casos como este não passem mais batidos, e é isso que está por trás do registro.

Infelizmente, as relações destrutivas marcadas pelo ciúme, e diversas formas de violência e abusos contra as mulheres e LGBTs são uma marca do capitalismo, que se apropriou da opressão histórica e da divisão sexual do trabalho para desvalorizar o trabalho feminino, impor duplas e triplas jornadas não remuneradas, dividir a classe trabalhadora e oprimir as famílias com valores patriarcais que embasam crimes trágicos como este.

Entretanto, esses valores e essas tragédias dolorosas estão com seus dias contados. Nos últimos anos um verdadeiro levante feminista tem sacudido o mundo todo, e o fato é que disposição de luta das mulheres tem imposto sua pauta em todos os lugares, com expressões contraditórias até mesmo na mídia reacionária. Jamily, Isamara e todas as vitimas de feminicidio serão vingadas, e a dor de cada perda se transforma em combustível para as próximas batalhas. Nem uma a menos, vivas nos queremos!

 
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