Desde que assumiu, Doria não tem poupado esforços para encontrar "investidores" (leia-se capitalistas ávidos por transformar direitos em mercadorias) para comprar todo o patrimônio da cidade. Para isso, possui uma Secretaria de Desestatizações e já até viajou para Dubai, Catar e Emirados Árabes para vender a cidade.

Como instrumentos para fazer a tramitação das privatizações, o prefeito criou a “São Paulo Negócios”, a “São Paulo Desenvolvimento” e a “Companhia São Paulo de Desenvolvimento e Mobilização de Ativos”, organismos com a única finalidade de rifar a toque de caixa tudo o que pudesse ser listado de público na cidade.

Mas não foi suficiente: Doria queria se livrar dos "entraves burocráticos", tal como as licitações, para poder favorecer nesses negócios podres quem bem entendesse (não esqueçamos que Doria é criador do grupo de empresários LIDE, e tem muitos amigos a favorecer).

Foi por isso que propôs o projeto de Lei 179, que permite que sua gestão centralize, por meio dessas instituições acima citadas, o poder de privatizar sem ter que passar pela Câmara ou por licitações. Essa lei acaba de ser aprovada pelos vereadores de São Paulo, na noite dessa terça, 11, mostrando que esses políticos são aliados de Doria na hora de vender o patrimônio público.

Para ser implementado, o projeto ainda precisa passar por uma segunda votação e depois ser sancionado pelo prefeito. É fundamental que nos mobilizemos para barrar esse ataque a nossos direitos.