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PARAGUAI
Depois de reprimir violentamente o protesto no Congresso, Cartes chama ao diálogo

PARAGUAI: Depois do protesto e da repressão no Congresso Nacional que terminou com 200 detidos, 50 feridos e um morto, depois de que 25 senadores votaram a favor do projeto de emenda constitucional para permitir o mecanismo de reeleição, o presidente paraguaio, Horácio Cartes convocou para o "diálogo".

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O presidente paraguaio, Horacio Cartes, convocou neste domingo através de uma mensagem na televisão uma mesa de diálogo entre os presidentes dos partidos políticos "com representação parlamentar" das duas câmaras do congresso, assim como representantes do Executivo e a conferência Episcopal Paraguaia.

"Proponho a abertura imediata de um amplo debate cuja única condição seja a vontade de chegar a acordos para uma democracia duradoura", disse Cartes frente a repressão policial que ocorreu na sexta em Assunção, onde Rodrigo Quintana, um jovem de 25 anos foi assassinado por disparos da Policia e o Congresso foi parcialmente incendiado por manifestantes.

Cartes destacou que sua proposta com este diálogo é "determinar as prioridades para alcançar um grande acordo por cima dos interesses sectários".

Porém, o Partido Liberal já adiantou que não se sentará na mesa de diálogo proposta por Cartes, até que não se retire o projeto para habilitar a reeleição presidencial. Aqueles que já confirmaram presença para a reunião da que ainda não tinha fechado a Conferência Episcopal Paraguaia.

O presidente também falou sobre as declarações do Papa Francisco nesta segunda na cidade italiana de Carpi, onde fez um chamado para evitar "toda violência" e defendeu buscar "soluções políticas" a situação de Paraguaia e Venezuela.

A respeito, Cartes enviou uma carta ao pontífice, divulgada pela presidência, na que diz que compartilha "que a violência jamais pode ser um caminho para construir o bom".

Cartes designou no sábado, o ministro do interior, Tadeo Rojas, e o chefe de polícia nacional, Críspulo Sotelo, sua primeira troca de governo frente a repressão dos manifestantes.

Também, quatro policiais foram detidos pelo assassinato de Quintana, membro da juventude do partido liberal, morto por um disparo quando policiais entraram na sede do congresso. No domingo, foi sepultado na presença de centenas de pessoas que cercaram o cemitério de La Colmena, sua cidade natal.

Enterro de Rodrigo Quintana

Por sua parte, o ex-presidente Fernando Lugo, referiu-se nesta segunda, aos feitos sucedidos na sexta-feira em um discurso difundido pela Frente Guasú, formação política pela qual é senador, e afirmou que "a violência nunca foi caminho de solução diante dos problemas e diante das crises" e chamou a "apostar" pela paz e participação democrática.

"Frente a crise generalizada nos últimos dias devemos dizer que nenhum destes caminhos violentos pode trazer-nos soluções", assinalou Lugo.

"Nem a violência estrutural que gera exclusões, nem a violência como resposta das instituições públicas, é solução, e menos ainda a violência gerada em muitos dos movimentos que fazem uso de seu legítimo direito ao protesto possam passar os limites da lei e convivência pacífica", acrescentou.

Porém, o projeto de reforma constitucional que permitia a reeleição, foi elaborado conjuntamente pelo Partido Colorado, do presidente Horacio Cartes e pela Frente Guasú, de Fernando Lugo, desconhecendo o rechaço popular a reforma.

 
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