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GM dá férias coletivas a mais 9 mil empregados no Brasil
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A General Motors (GM) concedeu férias coletivas a partir do próximo domingo para cerca de nove mil empregados de sua fábrica na cidade de Gravataí

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A General Motors (GM) concedeu férias coletivas a partir do próximo domingo para cerca de nove mil empregados de sua fábrica na cidade de Gravataí, no Rio Grande do Sul, para adequar sua produção à queda da demanda, informou nesta quarta-feira, a Força Sindical.

Os empregados foram comunicados da medida nesta quarta-feira. A medida era negociada com a patronal através do Sindicato de Metalúrgicos de Gravataí há algumas semanas, o sindicato compõe a Força Sindical, central sindical de Paulinho da Força que é mesma burocracia que defende a regulamentação da terceirização.

As férias se estenderão até 29 de junho e permitirão à GM reduzir a produção de veículos novos diante da falta de compradores, já que há 16 mil unidades paradas nessa unidade, que produz 55 veículos dos modelos Celta, Prisma e Ônix por hora.

A fábrica da GM em Gravataí, cidade na região metropolitana do Porto Alegre, era a única das três da multinacional no Brasil que não tinha adotado medidas para reduzir a produção.

Nas outras duas fábricas a GM adotou o “lay off”, sistema que permite suspender temporariamente o contrato de parte dos empregados com redução de seus salários. Veja artigo que comenta sobre o lay-off da GM para 900 em São Caetano, SP.

"Por enquanto não houve demissões em Gravataí, mas o clima é de muita preocupação. A empresa espera uma recuperação só a partir de dezembro e a incerteza dos trabalhadores (com possíveis demissões) é total", afirmou o tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Gualberto Cetrullo.

Com a queda nas vendas de automóveis quem paga são os trabalhadores

Segundo dados divulgados esta semana pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos (Anfavea), a forte queda das vendas de automóveis no Brasil obrigou os fabricantes a demitirem funcionários, conceder férias coletivas ou licenças para reduzir a produção - veja mais aqui.

De acordo com a Anfaeva, o setor automotivo empregava em maio 138.200 pessoas, numa redução de 1% em relação a abril e de 9,2% em comparação a maio de 2014. Além disso, outros 25 mil funcionários do setor estavam, no último mês, de férias, de licença ou com o contrato provisoriamente suspenso.

"Temos, sem dúvida alguma, um excedente de pessoas em nossas fábricas. O nível de emprego é equivalente a 2010 e 2011, enquanto o nível de produção é de 2006 e 2007", afirmou o presidente da entidade patronal, Anfavea, Luiz Moan.

O Brasil produziu 210.086 veículos em maio deste ano, redução de 25,3% comparado com maio do ano passado, e no acumulado dos primeiros cinco meses de 2015 fabricou um milhão de unidades, número 19,1% inferior ao do mesmo período de 2014.

A queda da produção é reflexo da diminuição das vendas para o mercado interno (o que é resultado da crise econômica, da recessão econômica que o Brasil está passando) e também da queda das vendas para a exportação, principalmente para a Argentina. E também, a queda da produção e do emprego na indústria automotiva é resultado de uma reestruturação produtiva das multinacionais países ricos que estão reduzindo custos a nível global, e a principal variável de ajuste para os capitalistas são os trabalhadores, com cortes nos empregos, salários e ataques aos direitos dos trabalhadores.

Da mesma forma, temos o governo de Dilma que junto com Levy, está aplicando um pacote de ajustes que envolve cortes nos direitos dos trabalhadores e nos investimentos sociais e além de privatizações.

A indústria automobilística foi um setor que se beneficiou do dinheiro público para engordar seus lucros (com política de isenção de impostos, oferta de crédito barato), pois o compromisso do governo do PT é com os empresários e não com os trabalhadores.

As burocracias sindicais, sejam as patronais como a Força Sindical ou as governistas, como a CUT, são, na luta contra as demissões na indústria e os ataques aos direitos dos trabalhadores, um verdadeiro entrave para que todas as lutas contra as demissões se unifiquem e se construam pela base e com um programa que de fato possa fazer o custo da crise seja pago com os lucros dos patrões.

Este programa para pela luta pelo direito ao emprego, com a redução da jornada de trabalho sem redução no salário para que todos possam trabalhar, e que para isso, será preciso que os sindicatos seja retomado para as mãos dos trabalhadores, como já desenvolvemos aqui.

General Motors do Brasil – (Arquivo)

 
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