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15M
Metroviários de SP se somam à luta do 15M e são aplaudidos pela população!
Redação

Este 15M foi um dia histórico. A revolta de todos os trabalhadores com as reformas que o governo Temer quer passar, em particular a Reforma da Previdência, fez com que as grandes centrais sindicais fossem obrigadas a convocar um dia nacional de paralisação. No Metrô de SP os trabalhadores também paralisaram suas atividades. Fazia 10 anos que os metroviários de São Paulo não se incorporavam a uma luta nacional e tiveram um grande apoio de toda a população.

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O governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Dória, fizeram o trabalho sujo de Temer, acionando o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e conseguindo liminares da Justiça para o funcionamento do transporte público, num claro ataque ao direito de greve dos metroviários e rodoviários.

O TRT publicou uma liminar que, na prática, impedia a greve dos metroviários, pois determinava o funcionamento de 100% das linhas durante os horários de pico e 70% nos demais horários, e atacava o sindicato ao determinar a absurda multa de 100 mil reais por dia de paralisação ao Sindicato dos Metroviários.

Mas nenhuma dessas medidas foram razão para intimidar a categoria, os metroviários reunidos em assembléia paralisaram suas atividades e restou a Alckmin, Dória e a mídia pedirem para que a multa fosse aplicada, mesmo depois de todo apoio popular que teve esta mobilização.

O apoio da população usuária do transporte público foi imenso. Quando, após a votação de paralisação na assembleia, o Metrô de SP publicou a decisão do TRT na sua página oficial no Facebook, choveram milhares de comentários de toda a população contra o Metrô e apoiando os trabalhadores metroviários. Durante o dia 15, nos portões da estação Jabaquara, a população aplaudia os trabalhadores em greve que fizeram discursos contra a reforma da Previdência e, numa votação simbólica, todos se colocaram contra esse grande ataque aos nossos direitos!

A grande mídia como Globo, Record e o mentiroso Datena (que falou que os metroviários iriam parar por salário e não por aposentadoria) caçavam na rua e nas estações depoimentos contrários à greve e junto com o Metrô divulgavam o plano de contingência da chefia, numa tentativa totalmente fracassada de dizer que o Metrô estava funcionando para jogar a população contra os metroviários.

A força da paralisação entre a categoria foi muito grande, a adesão ultrapassou 80% dos trabalhadores, e em alguns setores como operadores de trem e trabalhadores da manutenção foi ainda maior. O Metrô de SP numa atitude que coloca em risco toda a população usuária realizou um plano de contingência, abrindo a operação de alguns trechos das linhas e estações e colocando funcionários administrativos e funcionários que não possuem treinamento adequado para operarem os trens. Após a paralisação, os trabalhadores que foram trabalhar e furaram greve por medo de retaliação da empresa se arrependeram, e os que não se arrependeram ganharam apenas um "muito obrigado" da diretoria da empresa.

Foi a primeira vez em 10 anos que os metroviários se incorporaram a uma paralisação nacional, por uma pauta totalmente legítima, contra os políticos e empresários que querem colocar nas nossas costas a fatura de uma crise que não criamos, nos fazendo trabalhar até morrer e nunca se aposentar. Os metroviários espantaram de vez o fantasma de 2014 reencontrando o caminho da luta com seus métodos e novamente fazendo Alckmin tremer frente a força da categoria que pode parar São Paulo!

"Alguns opinam que o sucesso do 15 M se deu por conta da unidades das direções sindicais. Nós não compartilhamos dessa posição. Há tempos as reformas já estão sendo anunciadas, já haviam sido chamados outros dias unitários de mobilização que nem de perto chegaram a ser como o 15M. Nos opinamos que as lutas que expressaram no dia 15 é por conta fundamentalmente da pressão que os trabalhadores de diversas categorias vem fazendo cotidianamente as suas direções sindicais, que vinham incessantemente tentando conter até um limite para preservar seus interesses." diz Felipe Guarnieri, operador da Linha 1 - Azul e integrante do Movimento Nossa Classe.

E complementa "De um lado, CUT e CTB atuam não para derrotar as reformas, mas para que Lula volte em 2018 e o PT as aplique a sua maneira. Por outro, a Força Sindical e as demais centrais golpistas querem negociar com o governo um outro tipo de ataque aos trabalhadores. A partir do que foi esse 15M as centrais devem estabelecer um plano de luta sério nas bases de cada local de trabalho para construir uma greve geral, capaz de derrotar a reforma da previdência, sabendo que isso também irá representar uma derrota a Temer e seus aliados. Fortalecendo ainda mais os gritos de Fora Temer que vem das ruas!".

 
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