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LAVA JATO
Vazam nomes citados na "lista de Janot" na noite do 15M
Fabricio Pena - estudante de sociais da UFRGS

Após o envio da nova lista de pedidos de inquéritos por Rodrigo Janot, ocorreu novo vazamento de nomes envolvidos, incluindo ao menos 22 novos nomes, muitos da base do governo Temer.

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A lista de pedidos de inquéritos enviada neste terça-feira (14) pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, com base nas delações da Odebrecht, envolve ainda mais ministros de Temer e uma série de governadores, senadores, deputados e prefeitos. Incluídos nesta lista estão o ministro Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços), cinco governadores, senadores e deputados, num total de 22 novos nomes, segundo informações vazadas pela Rede Globo.

Os governadores alvos da "lista de Janot" são: Renan Filho (PMDB-AL); Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ); Fernando Pimentel (PT-MG); Tião Viana (PT-AC); Beto Richa (PSDB-PR). Os pedidos envolvendo a investigação de governadores ainda precisam ser enviados para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), órgão responsável pela investigação de chefes do executivo estadual.

Os senadores e deputados apontados são: Lindbergh Farias (PT-RJ), Jorge Viana (PT-AC), Marta Suplicy (PMDB-SP) e Lídice da Mata (PSB-BA). Na Câmara: Marco Maia (PT-RS), Andrés Sanchez (PT-SP), Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Paes Landim (PTB-PI).

Ainda cinco ministros foram citados: Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Kassab (PSD), das Comunicações, Bruno Araújo (PSDB), das Cidades, e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), das Relações Exteriores. Além de parlamentares, a cúpula do Congresso e os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff também são alvo dos pedidos.

Na primeira lista de pedidos de inquérito, onde havia 54 nomes, seguiram 33 pedidos na fila. Somados aos 83 pedidos da nova "lista de Janot", são 116 pedidos na fila para inquérito. Dos nomes conhecidos da nova lista 14 são do PMDB, 11 do PT, 6 do PSDB, 2 do DEM e mais um filiado do PSD, PRB, PSB e PTB.

Vazamento com hora marcada é para desviar atenção do rechaço a reforma da previdência

No mesmo dia em que ocorreram protestos em todo o Brasil contra a reforma da previdência, principal ataque preparado pelos golpistas, milhares saíram as ruas e o principal eixo político dos noticiários da grande mídia foram em torno da "lista de Janot". A hora do vazamento seletivo da lava jato foi de acordo com os atos que ocorreram em todo país, com uma força que não se via desde 2013.

Antes de ver a demonstração de força na ruas contra a reforma da previdência, Temer iria ao ar em horário nobre defender sua reforma. Diante do peso da classe trabalhadora nas ruas, Temer recuou e mudou de tática. O mesmo ocorreu com muitos noticiários, abafaram os atos e deram voz a lava jato.

Mas é fato que amplia o tensionamento dentro da base golpista de Temer, com um número elevado de ministros, senadores e deputados nas mãos de Rodrigo Janot. Mostra a seletividade da operação, desde os investigados até o vazamento, qual informação sair e em qual horário.

O vazamento desesperado dos nomes pela globo é mais um demonstrativo dos métodos utilizados para desviar a atenção da forte resistência dos trabalhadores. É necessário organizar um plano de lutas sério, exigindo que as centrais sindicais, como CUT e CTB, organizem a luta democraticamente em todos os locais que estão, construindo uma greve geral capas de barrar esses ataques. Mudar as regras do jogo, impondo com a força das lutas uma assembléia constituinte livre e soberana, que retire o privilégio dos políticos e dos juízes, que acabe com o pagamento da dívida pública priorizando a vida dos trabalhadores.

Com informações de Agência Estado

 
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