Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Estão presentes ao evento o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, que acumula o comando do Programa de Parcerias para Investimentos (PPI).
Ao todo, três grupos entregaram propostas para a disputa. Segundo apuração do Broadcast, um deles é a empresa francesa Vinci Airports. O mercado especula que os outros dois participantes serão a alemã Fraport e a suíça Zurich. A proposta do governo golpista é entregar os aeroportos totalmente para empresas estrangeiras, já que o governo não deve exigir que os vencedores tenham a Infraero como sócia na operação.
Para o aeroporto de Salvador, a outorga mínima é de R$ 1,24 bilhão, enquanto para o terminal de Fortaleza, a outorga é de R$ 1,44 bilhão. Em Porto Alegre e Florianópolis, as outorgas mínimas são de R$ 123 milhões e R$ 211 milhões, respectivamente. A disputa se dará pelo maior valor proposto para a outorga fixa inicial, que corresponde à 25% da outorga mínima dos aeroportos. Entre os requisitos técnicos, há a possibilidade de um mesmo grupo econômico vencer a disputa por mais de um aeroporto, desde que não situados na mesma região geográfica.
O tempo de concessão é de 25 anos no aeroporto de Porto Alegre e de 30 anos nos demais terminais, com investimentos estimados em R$ 6,613 bilhões nos quatro ativos.
O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, disse considerar que o leilão dos Aeroportos de Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre e Salvador, que acontece hoje, é um "teste muito importante para o programa de concessões", ou seja, a privatização dos aeroportos servirá como um teste do governo para seguir aprofundando a venda do país através de mais privatizações, o que é um dos principais objetivos do governo Temer, junto com aprovar os ataques aos direitos da classe trabalhadora, como se vê na ânsia em aprovar a reforma da previdência.
Como já explicitado aqui, o sucateamento da aviação no país já leva a muitos impactos nos serviços prestados à população, e a privatização os aprofundará. Principalmente para os trabalhadores aeroviários, pois levará a demissões, o que aumentará a superexploração, escalas de trabalho extenuantes, aumento de acidentes de trabalho e comprometimento com a segurança dos passageiros.
Com informações da Agência Estado.
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