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15M
15M: Trabalhadoras e estudantes sejamos a linha de frente da luta contra as Reformas
Cássia Silva
Grazi Rodrigues
Professora da rede municipal de São Paulo
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As mulheres de Campinas deram exemplo de sua revolta contra o machismo imposto pela sociedade doente e capitalista que vivemos. Desde as manifestações em que se ouvia o coro feminino dos gritos de guerra contra o estupro coletivo no fim de 2016, passando pela forte resposta ao feminicídio de Isamara e mais 8 mulheres no começo de 2017 na cidade, até o expressivo e forte 8 de março, em que fizemos parte dos atos da paralisação internacional de mulheres. Diante desse levante feminino que só se fortalece, é muito importante que nós, mulheres campineiras, componhamos a paralisação e as manifestações deste 15 de março contra a Reforma da Previdência (que vai acabar com a nossa aposentadoria e ignorar nossa dupla jornada, igualando o tempo de aposentadoria entre homens e mulheres) a partir dos nossos locais de trabalho e estudo.

Mulheres que se levantaram contra a violência machista, a conivência do prefeito Jonas Donizette com o caso de feminicídio, e a precarização da vida. Essas são as mulheres de Campinas, que vêm lutando, inclusive, contra o que há de mais reacionário na cidade, como a Câmara Municipal, que se recusa a reconhecer o assassinato de Isamara, além de empenhar-se fortemente contra a discussão de gênero e sexualidade nas escolas e ter aplaudido a vitória de Trump, o presidente misógino dos EUA.

Diante do nosso enfrentamento com os governos golpistas, é imprescindível que construamos o dia de paralisação nacional neste 15 de março contra a Reforma da Previdência, que iguala o tempo de aposentadoria (65 anos) entre homens e mulheres e ignora as duplas e até triplas jornadas cumpridas, principalmente, pelas mulheres trabalhadoras. Além de trabalhar fora de casa e ter que cumprir o mesmo tempo de trabalho para se aposentar que seus maridos e companheiros de trabalho, nós ainda temos que chegar em casa e cuidar da limpeza e dos filhos para que tudo seja garantido e que o ciclo da exploração se cumpra, de novo, no outro dia. Essa contribuição, segundo o texto original de Temer da Reforma da Previdência, equivale a 49 anos para recebimento integral da aposentadoria.

Por isso, temos que, em cada local de trabalho e estudo que estamos, exigir das centrais Sindicais, como a CUT, a CTB e a Intersindical e entidades estudantis, como os DCEs, que construam verdadeiramente esse dia tão importante, já que no dia 8 não o fizeram, discutindo com a base dos operários e dos estudantes a construção desse dia 15 porque a Reforma da Previdência afetará toda a classe trabalhadora.

E também que sigamos nossa mobilização contra o ataque golpista com um plano de lutas, que fortaleça trabalhadoras, trabalhadores e estudantes com assembleias amplas e democráticas. Além de realizarmos também campanhas de fotos e vídeos em apoio à todas as lutas em curso e categorias mobilizadas que paralisarão nesse dia 15 - como tentativa de reverter o engessamento imposto aos trabalhadores pelas direções das centrais sindicais que não moveram um dedo para mobilizar as categorias que dirigem - e à greve de professores estaduais que será votada amanhã, uma categoria majoritariamente feminina e que está empenhada em construir uma mobilização nacional contra o aprofundamento da precarização e exploração que essa Reforma significa.

Nós mulheres trabalhadoras principalmente, assim como as estudantes temos que estar na linha de frente desse o Dia 15 contra essa Reforma que quer nos obrigar a trabalhar até morrer! Que ignora nossas duplas e triplas jornadas nos lares! Por isso, chamamos todas e todos a compor esse grande ato, às 9h no Largo do Rosário, que é chamado pelos professores mas que a construção é ampla à todos os trabalhadores e estudantes! Essa reforma aprofunda o ataque às nossas vidas e temos de ir com tudo contra ela, assim como fomos contra o feminicídio e continuaremos indo.

 
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