O fato ocorreu quando o advogado Mauro defendeu dois ativistas que estavam sendo agredidos pela PM após o fim do protesto contra o golpe institucional, em agosto do ano passado. Mauro foi brutalmente espancado por golpe de cassetete e gás de pimenta, cercado por vários policiais e jogado no chão. É quando seu filho, num ato corajoso, acerta um dos agentes da repressão, na tentativa de parar a agressão ao seu pai.
Num primeiro momento, a principal mídia da burguesia da cidade tentou relativizar o fato, defendendo a PM. Entretando, como o próprio vídeo mostra, o advogado foi agredido desde o momento que aparece no vídeo.
Em uma decisão considerada "histórica", como relata o próprio advogado, foi levado em consideração a repercussão nas mídias sociais do ocorrido. A qualificação de crime por tentativa de homicídio qualificado foi negada por "ausência de elementos empíricos na conduta do agente".
Mas essa mesma Justiça dos ricos nada fala sobre o racismo policial praticado, mantém impunes os agressores que ignoraram o fato de Mauro ser um advogado e partiram para agressão. Em entrevista Mauro afirma que ele e seu filho sofreram inúmeros abusos durante todo o episódio, mas como os agressores são militares tem muito privilégios jurídicos. A PM, com seus histórico de ataque ao povo negro, continua impune.
O principal fator que pesa para inocentar o filho de Mauro foi a repercussão das mídias sociais, reproduzindo vídeos com as imagens reais do que ocorreu. Toda solidariedade com Mauro e sua família. Punição aos agressores dos movimentos sociais. Contra a criminalização dos que lutam.
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