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Mais de 150 artistas se reúnem em São Bernardo contra o desmanche da Cultura!
Taciana Garcia
Claudio Ferreira

Na noite dessa segunda (13/03) aconteceu no Parque da Juventude em São Bernardo a primeira Assembléia Unificada dos artistas da cidade. Essa Assembléia reuniu mais de 150 pessoas, profissionais, artistas e estudantes das artes.

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A assembléia teve como pauta discutir o desmanche na cultura organizado pelos governos golpistas do PSDB. A situação em São Bernardo é caótica, o CAJUV que há anos serve a juventude será fechado, o CAV (Centro de Áudio Visual) também será fechado, o CLAC (Centro Livre de Artes Cênicas) passa por um processo de sucateamento com cortes de verbas e atraso na contratação dos professores, o governo ainda lançou um edital de cadastramento para os artistas de rua, o que institucionaliza a arte de rua e restringe o acesso a rua, além de fechar a Feirinha Lauro Gomes onde 37 famílias trabalhavam há anos.

Entender o papel da cultura como capaz de desenvolver o senso critico e a livre expressão “justifica” todos esses ataques que viemos sofrendo, comandados pelos governos golpistas e seus aliados, com suas políticas higienistas - que apaga o pixo e o grafiti, que mata moradores de rua, que impede artesãos de trabalharem - que estão a frente das prefeituras da capital (São Paulo) e do Grande ABC. Tudo isso num cenário de precarização e mercantilização da Educação, com a reforma do ensino médio que pretende robotizar todo o pensamento, além dos golpes na classe trabalhadora, nos efeitos da PEC do fim do mundo. Uma onda de mecanismos que subtraem o acesso aos nossos direitos enquanto cidadãos, enquanto organismos capazes de emancipação de crítica a esse sistema econômico que vivemos.
A assembléia que reuniu aprendizes dos centros de formação e pesquisa artística da cidade (CAV, CLAC E CAJUV) que vêm sofrendo cortes, fechamentos e sucateamentos que tomaram força no atual governo de Orlando Morando, além dos artistas de rua que hoje lutam principalmente contra um edital de cadastro promovido pela (quase extinta) Secretaria de Cultura que impede artistas de trabalharem livremente no espaço público se não for autorizado e convocado para isso, sem nenhum apoio ou incentivo.

Unificar a luta vai além de só reunir essas pessoas, diz quanto a unir a luta com a classe trabalhadora e a juventude num geral, que deve por direito ter acesso a cultura e a educação e ao fazer artístico, diz respeito a unir essa juventude toda que está se posicionando contra essa forma de gestão que vê o jovem apenas como futuro trabalhador barato.

Foram discutidas estratégias de ação, que procuram um diálogo com o setor burocrático e parlamentarista quanto ações de base e trabalho de ação direta. Enquanto Faísca colocamos o debate de que esses ataques fazem parte de um plano maior desses governos golpistas, que a partir de várias reformas buscam cada vez mais alienar a classe trabalhadora. Entender que esses ataques estão diretamente ligados é parte de entender toda a conjuntura e de como o ataque a educação e a cultura, são parte de um plano maior para acabar com o senso crítico e com a livre liberdade de expressão.

Por isso propomos de na próxima quarta-feira (15/03), nos somarmos a mobilização nacional encabeçada pela greve de professores. A luta pela educação é a luta pela cultura e pelo livre desenvolvimento do ser humano. Além da proposta de nós somarmos a mobilização nacional, também propusemos uma maneira de seguir organizando nossa luta de maneira democrática. Propomos aprofundar os núcleos de base, votando representantes que sejam revogáveis e rotativos que permitam as distintas posições de maioria e de minoria que surjam em cada centro de artes possam se expressar e contribuir para o movimento de conjunto. Somente assim, todos podiam ter espaços para defender suas posições e construir de maneira coletiva nossa luta

A gestão LUTE do Diretório Acadêmico da FSA (Fundação Santo André), esteve presente e levou uma moção de apoio as lutas pela cultura. Jenifer militante do Faísca e membro do D.A. fez essa fala de apoio reforçando que a luta pela cultura e pela educação caminham juntas.

Buscamos uma forma de arte e um acesso ao fazer artístico desvinculado das mãos do Estado e mantido pelo investimento público, entendendo que o setor é tão importante quanto os outros, uma vez que -como defendemos anteriormente- é um direito e uma forma de existir.

Chamamos a todxs a participar do Cortejo em defesa da arte e da educação que ocorrerá amanhã a partir das 7 horas com concentração na Praça da Matriz em São Bernardo, rumo á câmara de cultura onde faremos pressão e colocaremos nossas demandas na Plenária aberta.

Resistência da Cultura!

 
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